A vitória está no ajuntamento de Augusto Castro, Azevedo e Fernando Gomes |
Desencantado pelo fracasso da atual experiência de
governo, que prometia acabar com a mesmice, mas acabou provocando descontrole
da máquina pública municipal, além de ter se omitido ou se acumpliciado com o
aparelhamento partidário da prefeitura, o povo de Itabuna busca novos rumos e
inclina-se para o conservadorismo e para a direita. Mesmo considerando-se as
controvérsias em torno dos conceitos políticos de esquerda e direita, é visível
essa guinada, tanto pelas pesquisas de opinião pública, que colocam o deputado
estadual, Augusto Castro (PSDB), na liderança absoluta, quanto por
manifestações de diversos setores da sociedade, que reclamam da dicotomia de poder,
falta de planejamento e definição de prioridades de demandas, com o prefeito
Claudevane Leite (PSB) demonstrando, acintosamente, que não passa de um “Zé Mané”,
ou a “décima sétima” pessoa no comando do governo. Pesquisas de opinião mostram
que a pauta conservadora tem apoio significativo da população, o que também
pode ser avaliado por comentários e opiniões postados nas redes sociais, nas
quais o tom de indignação e até de intolerância sobressai. Poucas pessoas são
favoráveis a PT, PC do B e seus coligados. Candidatos como Geraldo (PT),
Davidson (PC do B) e Roberto José (PSD), juntos, não atingem metade dos
percentuais obtidos pelo tucano. Neste cenário político de incertezas,
decepções e condições ruins de governabilidade, a oposição ocupa espaço e
consegue oferecer as mais fortes alternativas de prefeituráveis. Todas
pesquisas apontam que Augusto Castro, Capitão Azevedo e Fernando Gomes, respectivamente,
lideram a corrida para sucessão de Vane do Renascer, que já não consegue
dissimular seu desinteresse de ser candidato em 2016. Estes três se beneficiam
do clima de desconfiança e de insatisfação com aqueles que hoje representam na
cidade, o prefeito Vane, o governador Rui e a presidente Dilma. E se juntarem
num só palanque, acabam transformando as próximas eleições em favas contadas
para a derrota da esquerda. Todavia, o que está claro para os itabunenses, é que
a cidade precisa de saídas para a crise que enfrenta e de lideranças mais
comprometidas com os interesses municipais do que com seus projetos de poder. Todos
os cidadãos podem participar do debate sobre os rumos de Itabuna e, graças à
tecnologia e à imprensa independente, conseguem se fazer ouvir por seus
representantes. Liberdade não nos falta para escolhermos um caminho digno, que
inclua o combate aos radicalismos do espectro político e a busca de
alternativas mais compatíveis com a vocação do povo itabunense para o
desenvolvimento. O Itabuna está sendo desafiada a superar suas dificuldades,
suas inconsistências políticas e seu atraso cultural para atingir o ponto de
mutação de sua história.
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