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10 de setembro de 2015

COM, OU SEM DINHEIRO PRIVADO, A FICHA DE MUITOS CANDIDATOS NÃO SERÁ LIMPA

A corrupção é o que há de mais prejudicial ao povo brasileiro
De tudo o que se apresentou e foi aprovado até agora sobre a propalada Reforma Política, o que merece consideração, de fato, é a aprovação pelo Senado da emenda que proíbe o financiamento das campanhas eleitorais por empresas privadas. O resto, como já bem disseram alguns parlamentares, não passa de “perfumaria”. Ou pior do que isso: dispositivos legais que visam manter uma legislação que acaba dando margem a todo tipo de falcatruas, como se tem assistido até agora. Ou seja, pelo que se tem visto, não há nenhuma disposição de grande parte dos congressistas de fazer mudanças profundas na legislação. Aliás, a sociedade, os poucos parlamentares que desejam resgatar a dignidade da atividade política e do voto precisam estar atentos e pressionar, de todas as formas, para fazer valer essa e outras emendas. Como já é do conhecimento da sociedade, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, está arregimentando sua “tropa” de seguidores para derrubar essa cláusula e manter o financiamento das empresas por razões óbvias. Como se sabe, ele e vários dos seus seguidores já foram denunciados na Operação Lava Jato, justamente, por se beneficiarem desses esquemas ilegais e imorais de financiamento empresarial. EFEITO REVERTIDO - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes liberou nesta quinta-feira seu voto-vista no processo em que a corte analisa se empresas podem fazer doações de campanha para candidatos e partidos políticos. A liberação do processo pelo magistrado ocorre um dia depois de o Plenário da Câmara dos Deputados ter revertido entendimento aprovado pelo Senado e restabelecido a possibilidade de empresas doarem dinheiro a partidos em campanhas eleitorais. A Casa já havia validado o financiamento eleitoral por pessoa jurídica, mas teve de reexaminar a matéria porque, na semana passada, os senadores decidiram vetá-lo.

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