A corrupção é o que há de mais prejudicial ao povo brasileiro |
De tudo o que se apresentou e
foi aprovado até agora sobre a propalada Reforma Política, o que merece
consideração, de fato, é a aprovação pelo Senado da emenda que proíbe o
financiamento das campanhas eleitorais por empresas privadas. O resto, como já
bem disseram alguns parlamentares, não passa de “perfumaria”. Ou pior do que
isso: dispositivos legais que visam manter uma legislação que acaba dando
margem a todo tipo de falcatruas, como se tem assistido até agora. Ou seja,
pelo que se tem visto, não há nenhuma disposição de grande parte dos
congressistas de fazer mudanças profundas na legislação. Aliás, a sociedade, os
poucos parlamentares que desejam resgatar a dignidade da atividade política e
do voto precisam estar atentos e pressionar, de todas as formas, para fazer
valer essa e outras emendas. Como já é do conhecimento da sociedade, o
presidente da Câmara, Eduardo Cunha, está arregimentando sua “tropa” de
seguidores para derrubar essa cláusula e manter o financiamento das empresas
por razões óbvias. Como se sabe, ele e vários dos seus seguidores já foram
denunciados na Operação Lava Jato, justamente, por se beneficiarem desses
esquemas ilegais e imorais de financiamento empresarial. EFEITO REVERTIDO - O
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes liberou nesta
quinta-feira seu voto-vista no processo em que a corte analisa se empresas
podem fazer doações de campanha para candidatos e partidos políticos. A
liberação do processo pelo magistrado ocorre um dia depois de o Plenário da
Câmara dos Deputados ter revertido entendimento aprovado pelo Senado e
restabelecido a possibilidade de empresas doarem dinheiro a partidos em
campanhas eleitorais. A Casa já havia validado o financiamento eleitoral por
pessoa jurídica, mas teve de reexaminar a matéria porque, na semana passada, os
senadores decidiram vetá-lo.
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