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24 de março de 2014

A CPI E OS BAIANOS EM CAMPOS OPOSTOS SOBR A ROUBALHEIA NA PETROBRAS

O PT foge da CPI da Petrobras, como o diabo foge da cruz e os ladrões fogem da policia. Mas, por que não querer ma CPI, se “quem não deve, não teme”? A instalação de uma CPI é importante, porque tem poder para convocar acusados como Sergio Gabrielli e não apenas para convidar. A convocação poderia ser derrubada pela maioria necessariamente governista da CPI? Até poderia, mas derrubá-la há de ser um esforço e um problema “deles”. Bem como, creio, compete ao governismo, se quiser, mobilizar-se contra a comissão. O papel da oposição, entendo, é cobrar a sua instalação. E isto tem sido feito, sistematicamente pelo deputado baiano Antonio Imbassay (PSDB). Já um outro baiano, o Gabrielli se comporta agora como se comportava à frente da estatal: sempre achou que não tinha de prestar satisfações a ninguém. Deve ter sido o comando mais arrogante da história da Petrobras, incluindo os tempos da ditadura. Parecia que o comando da empresa se divertia em ser hostil ao jornalismo. Ele não precisa ser simpático. Pode ser prepotente o quanto quiser na vida privada. Ocorre que presidiu uma empresa de que o sócio majoritário é o estado — portanto, o conjunto dos brasileiros —, e o minoritário, o grupo de acionistas privados. Todos vêm sendo lesados por uma gestão ruinosa da estatal. E Gabrielli responde por acusações de ter sido um dos protagonistas de corrupção existente na gestão petista da Petrobras. Pré-candidato à Presidência, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) vai convidar líderes de todos os partidos de oposição a discutir uma estratégia de atuação em bloco para instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) e investigar a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), pela Petrobras. Aécio quer articular a reunião até terça-feira. O senador pretende envolver siglas como o PSOL, que não se alinha com PT ou PSDB. e o PSB, que tem seu próprio candidato ao Planalto, o governador Eduardo Campos (PE). Em conversa com a Folha ontem, Aécio defendeu a investigação – a presidente Dilma Rousseff, que era chefe do conselho da Petrobras na época da compra, disse ter decidido pela aquisição da refinaria com base em um relatório “falho”. O negócio resultou em prejuízo de US$ 1,18 bilhão para a estatal.

Um comentário:

  1. Val Cabral25 março, 2014

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