A grandeza do Brasil não se faz por se tornar
campeão de futebol, mas pela chance de cada brasileiro se realizar como ser
humano. Os brasileiros se tornaram campeões da Copa das Confederações, mas não
perdeu a posição, entre os países desta competição, de maior fracassado em
todos os índices de desenvolvimento humano. No país não há nada que supere seus
oponentes vencidos neste curto campeonato internacional de futebol, em áreas
fundamentais como saúde, educação, segurança, assistência social e geração de
emprego e renda. Com este drama social e humanitário, o Brasil se deu a suntuosidade
de gastar mais de 22 bilhões de reais em reformas e construções de estádio de
futebol. E mais fortunas gastam com tentativa de se tornar uma potencia bélica
mundial. Para alguns, trata-se de anomalia a ser corrigida o mais rápido
possível. É o caso do atual governo, que, numa curiosa volta ao regime militar,
parece cada vez mais embriagado com sonhos de armas mirabolantes e caras,
compradas com créditos de países estrangeiros que terão de ser pagos pelos
sucessores. Outros chegam à insensatez de querer reviver o programa nuclear
clandestino proibido pela Constituição. A recente e ligeira melhora em nossas
condições econômicas e sociais parece ter subido à cabeça dos que já nos veem
como país próspero, a esbanjar dinheiro e a arrotar grandezas. Basta olhar em
torno, porém, para ver o abismo de miséria que nos cerca. Os dramas dos números
absurdos dos homicídios, desemprego e inflação, deveriam servir ao menos como
choque de realidade capaz de nos restituir o senso das prioridades. Enquanto
comemoramos a vitória da seleção brasileira, as drogas matam milhares de
brasileiros humildes e muitos são forçados a morar em condições sub-humanas.
Que país queremos ser, a Rússia armada até os dentes, onde a expectativa de
vida diminui a cada ano, ou o Canadá, campeão em desenvolvimento humano? O que
faz a grandeza de uma sociedade não é a glória futebolística ou o poderio de
armas. É a capacidade de garantir a cada pessoa a possibilidade de se realizar
como ser humano, o direito da busca da felicidade, como se dizia na época da
Revolução Americana. Todos os índices de bem-estar, educação, saúde, cultura,
ausência de crime e de corrupção mostram que não são as grandes potências a
ocupar os primeiros lugares, mas as nações que priorizaram as necessidades humanas
básicas. Em um país como o nosso, de pesada herança de desigualdades, esse
dever se impõe ao governo de forma ainda mais premente. Com humildade e sóbrio
realismo, deveríamos tentar construir uma potência não em Copas de Futebol, mas
em direitos humanos e em ambiente, em educação e em equilíbrio social. Descobriríamos
com surpresa que um governo sério, honesto e competente, daria ao Brasil um
poder de influência e exemplo que jamais atingiríamos pelos gols de Neymar,
Huck, ou Fred.
Prefeitura Itabuna
Câmara
30 de junho de 2013
MARCELO CRIVELLA QUER LEI QUE CONSIDERE “PROTESTO” COMO “TERRORISMO”
Pegos de
surpresa e tão distantes da realidade da sociedade brasileira que não conseguem
intuir os reais motivos das manifestações que ocorrem em todo o país, depois do
estopim aceso em São Paulo em manifestação contra o aumento da passagem do
transporte urbano – e mais do que isso, a quebra de recente promessa de
campanha de melhoria do sistema sem ônus aos usuários –, a classe política
reagiu. No melhor estilo “Ditadura da Maioria dos Políticos” o senador-bispo ou
bispo-senador Marcelo Crivella, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus,
deve reapresentar um projeto de repressão, de sua autoria em parceria com Ana
Amélia (PP-RS) e Walter Pinheiro (PT-BA), eleito pela bancada evangélica de seu
estado. O Projeto de Lei 728/2011 prevê que manifestações durante a Copa das
Confederações – que está em andamento e deve ser retirada sua menção no texto a
ser apresentado – e a Copa do Mundo a ser realizada em 2014 sejam tratados como
atos de terrorismo e limita o direito dos trabalhadores à greve.
ABI VAI ENTREGAR DOSSIÊ SOBRE EXCESSOS DA PM AO GOVERNADOR
A Associação Baiana de Imprensa (ABI) e a Ordem dos Advogados do
Brasil, seccional Bahia, em parceria com o Sindicato dos Jornalistas da Bahia
(Sinjorba) e a Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do
Estado da Bahia (Arfoc) estão elaborando um dossiê sobre os excessos cometidos
pela Polícia Militar contra profissionais de imprensa durante as manifestações
do Movimento Passe Livre Salvador. O
material será entregue até o final da próxima semana ao governador Jaques
Wagner, à Secretaria da Segurança Pública da Bahia, à Corregedoria da PM e ao Ministério
Público Federal. Ontem, profissionais de imprensa vítimas das ações da polícia
foram ouvidos na sede ABI: o repórter fotográfico do CORREIO Almiro Lopes, o
editor do site Bahia Notícias, Evilásio Jr, e o repórter Francis Juliano.
MAIS DE 140 PROJETOS DE LEI PARA COMBATE À CORRUPÇÃO ESTÃO PARADOS NO CONGRESSO
Em resposta as manifestações
populares que se espraiaram pelo Brasil, a presidente Dilma Rousseff declarou
prioridade ao combate à corrupção. O Senado Federal também se empenhou em
demonstrar sua adesão à causa e aprovou o projeto de lei que torna a corrupção
crime hediondo. Mas a matéria aprovada pelos senadores é uma das 145 propostas
que, desde meados da década de 1990, tramitam no Congresso Nacional, revela
reportagem do site Contas Abertas. São 109 projetos de lei da Câmara dos
Deputados e 36 do Senado Federal. O levantamento foi realizado pela
Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção, coordenada pelo deputado
federal Francisco Praciano (PT-AM). Segundo ele, as propostas são consideradas
as “mais relevantes ou eficientes para o combate à corrupção”.
É NECESSÁRIO QUE DIFERENCIEMOS QUADRILHAS QUE ALEGRAM E QUE ENTRISTECEM
Este domingo
é uma data marcante para os devotos de São Pedro. E os festejos que se
estenderam por toda a semana, chegam hoje ao seu dia mais empolgante, com apresentações
de despedida das quadrilhas juninas. Belas, alegres, charmosas, harmoniosas... Quadrilha
Junina é uma manifestação cultural, herdada dos nossos patrícios portugueses à
época do descobrimento. Todavia vejo como um grande perigo a criação dessas quadrilhas,
sem a devida definição dos propósitos a que se destinam, em razão dos
políticos, que confundem a prática, e formam “quadrilhas”, para outros fins, e
metem suas garras de ave de rapina no dinheiro do povo. Essas quadrilhas “não juninas,
mas perenes), se apoderam do erário para a prática de enriquecimento súbito e
ilícito de políticos, governantes e suas amantes. Não são belas e nem alegram o
povo. São prejudiciais e envergonha a nação. É só lembrar do Mensalão, Vampiros,
Geraldo Simões e Cia., Barbalhos, Renan, Maluf e sua gang., Cartões Corporativos,
Ficha Suja, Sangue-Sugas, Vendas de Emendas Parlamentares e milhares de tantas
outras mazelas, características de quadrilheiros, também conhecidos como
mafiosos e fichas sujas. Estes agrupamentos de bandidos do colarinho branco, são
os calos nos pés de quem caminha com a esperança de um país mais digno,
ordeiro, justo e progressista. As quadrilhas juninas são do bem e são
conhecidas como a mais ingênua e agradável manifestação das tradições festivas
do mês de junho. Já as quadrilhas dos políticos horríveis e conhecidas como
Partidos, Sindicatos, Organizações Não Governamentais-ONGs, Igrejas,
Prefeitura, Câmara Municipal, Clubes, Associações, Movimentos Sociais... Essas
quadrilhas organizadas tocam e o povo dança. Tocam no erário e fazem os mais
carentes dançarem na casca de banana. E dão uma banana para Ministros da
Justiça, Desembargadores, Juízes, Promotores e Delegados – os que não as integram.
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