Qualquer ser
humano, em algum momento de sua vida teve um professor, professora, mestre,
instrutor, orientador, mãe ou uma tia mais velha (que muitas vezes nem tinha
terminado o normal, mas ensinava em casa e eram respeitadas como professora com
carta branca para educar), alguém que tenha ensinado nossas primeiras letras.
Ou quando em casos raros aprendiam sozinhos com a cartilha do ABC, Tabuada, ou
pequenos pedaços de livros ou jornais velhos com muita garra e determinação
como sabemos ser possível. Pobres ou abastados, todos precisam desse
profissional para alfabetizar-se seja qual for o método tradicional ou moderno.
Lembrando um pouco os estudantes mais antigos, da época da palmatória, cascudo,
puxão de orelha, ou quando ficavam de castigo de joelhos nos grãos de milho
minutos ou horas ao errar uma conta ou ler uma palavra gaguejando, fora as
infinitas cópias de palavras ou frases de fazer chorar pela dor na munheca, ou
seja no punho ou na pior das hipóteses, uma surra de corda. Não
tenho certeza se foi assim tão mal a educação daquela geração: de excelente
caligrafia, alguns faziam cálculos de cabeça, liam escreviam e interpretavam
corretamente com todas as pontuações possíveis e inimagináveis. Ressaltando a obediência, respeito, limites, valores e regras aprendidos
para uma boa convivência em sociedade. Os tempos foram passando as escolas
públicas foram aumentando, apareceram as escolas particulares com novos métodos
e inovando a aprendizagem, o século 21 chegou, a globalização, internet,
trilhões de informações, milhares de escolas, faculdades, doutores, estudiosos
do mundo todo, tentando vender seu super produto ensinar aprender o Saber. Não
quero aqui falar de salário, de alunos, nem dos problemas do sistema
educacional, quero somente lembrar que qualquer profissional do menor nível ao
mais alto escalão (juiz, advogado, médico, contador, químico, gari, agente
administrativo, prefeito, vendedor de banana, etc), existentes no Brasil e no
mundo sempre precisou ter e teve um professor, mesmo ele sendo: bom, ruim, sem
ou com didática, legal, alegre, antipático, afetuoso, mal humorado, respeitoso,
desrespeitoso, com ou sem domínio de conteúdo, que ouve ou isola o aluno, um
ídolo ou uma aberração, educado ou bruto, mas que em alguns alunos conseguiu
despertar a curiosidade do querer saber, o amor pela leitura, melhorar de vida,
encorajou a não desistir de um sonho, aconselhou no momento da escolha da
profissão, vestibular, defendeu, apoiou, deu outra chance, soube ser humano e
amigo. Marcou
de alguma forma esse indivíduo. O que importa é
que os professores reconheçam o seu papel e saibam da importância que tiveram,
tem e terão na vida, dessas pessoas que se dizem: trabalhadores autônomos,
privados ou profissionais com vínculos públicos, políticos, militares,
executivos, etc. mas que estão onde estão porque eles existiram e infelizmente
esqueceram deles.
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