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5 de dezembro de 2012

O PODER É AFRODIZÍACO




Durante a última semana, muitas pessoas especularam sobre a real relação entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Rosemary de Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo que foi indiciada pela Polícia Federal sob acusação de corrupção passiva e tráfico de influência. Segundo as investigações da PF, Rose usava a proximidade com o presidente para conseguir a nomeação de pessoas a postos-chave em agências reguladoras. Também agendava encontros entre empresários mal-intencionados e agentes do governo federal e dos estados. Não faltaram detalhes sobre as viagens que Rose fez ao exterior com o então presidente; 28 no total, sempre sem a presença da primeira-dama Marisa Letícia. Há relatos sobre acessos à área reservada do aerolula e estadas na mesma ala de hotéis. A sexualidade de presidentes sempre foi motivo de boatos no Brasil. Ninguém ousa arriscar sobre quem tenha sido, entre Fernando Gomes, Geraldo Simões e o Capitão Azevedo, mais adúltero como prefeito de Itabuna. Getúlio Vargas se engraçava com vedetes. Juscelino Kubitschek teria morrido, ou sido assassinado, segundo alguns, em um acidente após encontrar a amante. Fernando Henrique Cardoso se envolveu com uma repórter da Globo, que teve de mudar de país. No mundo, os casos são ainda mais rumorosos. O norte-americano Bill Clinton quase perdeu o mandato quando foi revelado o que fazia com a estagiária Monica Lewinsky no salão oval da Casa Branca. As orgias de Silvio Berlusconi serviram para minar sua popularidade na Itália. A imprensa no Brasil, como a França, tem tradição de preservar a vida privada de seus dirigentes. Por que está sendo diferente com Lula desta vez, apesar de os jornais apenas insinuarem, sem cravar nada? Porque transcrições de e-mails indicam que Rose usava de toda sua intimidade com o ex-presidente para favorecer pessoas que acabaram criando uma quadrilha dentro do poder. Quando questões privadas invadem a pública, em prejuízo de todos os cidadãos, o silêncio passa a ser conivência. Algo que não se espera de uma imprensa séria.

3 comentários:

  1. Lula, conforme os fatos não param de provar, trouxe para o centro do governo brasileiro, dez anos atrás, uma tropa de batedores de carteira como raramente se viu neste país: qualquer exame de laboratório mostra que está aí, quando se raspa o verniz da propaganda, o DNA de sua passagem pela política nacional.
    Esse bonde não para. Começou a andar em 2003, antes de se completar o primeiro mês do governo Lula, com a dupla Marcos Valério-Delúbio Soares e Delta/Cachoeira já funcionando a toda na montagem da coleção de crimes à qual se deu o nome de mensalão e CPI do Cachoeira.
    Continua andando até hoje: sua última aparição é neste miserável escândalo dos “bebês de Rosemary” episódio que serve como uma das melhores fotografias jamais tiradas do dia a dia da governança petista, tal como ela é na vida real.
    Mas a verdade é que vivemos num mundo imperfeito. Lula conserva seus belos 100% de popularidade, já é apontado como o próximo governador de São Paulo e continua sendo considerado por seus admiradores como o homem mais perfeito que o mundo conheceu desde Adão e Eva.
    (J.R. Guzzo)

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  2. Em audiência no Senado sobre o ‘Rosegate’, o senador Pedro Taques (PDT-MT), um ex-procurador da República, espremeu o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça): “Pelos elementos disponíveis, essa senhora Rosemary deveria ter sido presa. [...] Parece óbvio que os telefones dela deveriam ter sido interceptados. Se houve busca e apreensão até no apartamento dela e quebra do sigilo da comunicação telemática [e-mails], porque não foi feita a interceptação telefônica?”

    Taques foi ao ponto: “O que estamos a discutir aqui é se a Polícia Federal protegeu ou não a servidora porque ela era ligada ao ex-presidente Lula. Se o delegado protegeu, o Ministério Público também pode ter protegido. A questão é: por que não foi feito o pedido de interceptação telefônico da senhora Rosemary?”

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  3. Vieira usava o nome de amante de Lula para intimidar colegas


    O presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, afirmou nesta quinta-feira que Paulo Vieira, diretor afastado da agência, era uma pessoa “ambiciosa”, que almejava cargos no governo e carreira política, mas desprovida de conhecimentos técnicos para ocupar a diretoria de hidrologia do órgão. Em audiência esvaziada no Senado, Andreu foi questionado sobre a conduta de seu ex-subordinado, indiciado pela Polícia Federal por chefiar um esquema de tráfico de influência e de venda de pareceres de órgãos públicos na cúpula do governo.

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