Verificamos um enfraquecimento da esperança nos dias
atuais quanto à possibilidade de construção de uma sociedade sadia.
Infelizmente isto vem se impondo inclusive em nossas Escolas no seu processo
educacional. Muitos professores e professoras estão envenenados pelo pessimismo
quanto ao futuro e à natureza humana. A Família e a Escola são as instituições
que devem cumprir o papel de acarinhar a alma humana e de “vender” às crianças
e aos jovens atitudes de idealismo e de capacidade de mudar as coisas para
melhor. Estas instituições sociais podem se constituir no motor de uma nova
sociedade. Pode-se dizer que elas são as incubadoras não somente de valores
cívicos, mas também de valores transcendentais e religiosos mais autênticos. O
que precisamos também é afirmar os valores humanos, pois a crise que vivemos,
mais do que crise social é crise de valores, e não haverá solução efetiva
dos inúmeros problemas sociais existentes, especialmente nos grandes centros
urbanos, se as diretrizes adotadas pelos tomadores de decisão, não estiverem
pautadas na ética e nos valores morais. Por isso é necessário que retomemos
a conscientização de que devemos desenvolver em nossos jovens a motivação
por valores, inicialmente, para que com isso eles possam alcançar o êxito
que desejam em suas vidas. Não basta apenas obter informações técnicas
disso ou daquilo, se o conhecimento adquirido não for para dar vigor
a uma vivência que priorize o bem do ser humano, da pessoa humana em todos
seus aspectos. Por isso que os valores humanos devem superar os efeitos do
tecnicismo. A tecnologia pode estar a serviço da vida, quando não deixa a
técnica prevalecer sobre a pessoa, quando a tecnologia não se torna um fim, mas
permanece o meio para o bem de todos. Nesse sentido, a educação deve continuar
sua missão civilizadora, humanizadora, na medida em que é pela educação que os
valores humanos devem ser sempre reforçados.
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