OS TEMPOS MUDARAM PARA PIOR

Não sou careta muito menos puritano ou moralista, sou moderno e curtidor da vida, quem me conhece sabe. Já pintei muito na minha vida, mas isso não me impede criticar o que não acho certo. Não concordo com a nudez exacerbada, gosto do nu artístico, a Globeleza, por exemplo, (eita negrinha perfeita), não concordo com o “ficar” de imediato, olhou, gostou, “ficou”, tchau e boa viagem; para mim tem que haver aquela conquista devagar, é excitante, nem com a apologia que se faz de certos tabus; a evolução cultural permitiu a aceitação, mas continuam tabus; não é necessário escancarar e incentivar, apenas aceitar e respeitar a opção dos envolvidos. Sou do tempo do “lance”, a cruzada de pernas femininas, do decote tomara que caia, da minissaia, do imaginar como era. Sonhar! Por isso não aceito programas tipo BBB e similares; não consigo enxergar cultura, intelectualidade e educação. Esses programas que as pessoas se inscrevem para participar e tentar ganhar um polpudo prêmio em dinheiro não é nenhuma novidade; no passado tivemos, entre outros O céu é o limite, apresentado pelo saudoso Jota Silvestre. Só que eram realmente culturais, escolhia-se um tema e o candidato tentava responder todas as questões formuladas durante várias etapas, caso conseguisse levava a grana para casa, e nós expectadores ganhávamos culturalmente, pois aprendíamos muito sobre o tema. Micheline respondeu sobre o Egito Antigo, o Clodovil respondeu sobre a famosa Dona Beija, e outros. Acho que a televisão deveria ser mais controlada e policiada, já que os dogmas e preceitos da educação estão à deriva no atual sistema familiar. Reportagens que ferem os conceitos éticos e educacionais são escancarados e incentivados, não que isso não exista, sempre existiu, quem quiser pratique mas a TV não deve ser o veículo propagador. Seria impossível citar os inúmeros tipos de reportagens sem nenhuma qualificação educativa, mostrados aleatoriamente e irresponsavelmente, em quadros que não são específicos. Isso é assunto para reportagens educacionais e informativas com seriedade mostrando os resultados, muitas vezes danosos, e informando os procedimentos corretos. Felizmente a vasta programação artística, cultural, social e informativa é maioria, os 20 ou 30% das “babaquices”, satisfazem aos “babacas”, que também têm direito à televisão.