Como se não fossem suficientes os alertas insistentemente repetidos há décadas, a humilhante colocação do Brasil na 73ª posição, entre 169 países, com pior índice de desenvolvimento humano, reforça o entendimento sobre o gigantesco prejuízo sofrido por nosso País por menosprezar a educação pública. Erro persistente durante séculos, a desconsideração pela educação pública acompanha a história brasileira desde os tempos do descobrimento. Apesar dos pequenos avanços registrados quando da vinda da família real portuguesa para o Brasil, em 1808, os 300 anos anteriores foram estupidamente malfadados em termos educacionais de uma colônia onde a impressão de livros e jornais era considerada crime. Nem a Independência, em 1822, nem a República, em 1889, nem todas as “revoluções” e golpes que marcaram rupturas nos caminhos de construção do futuro brasileiro conseguiram reverter esse grave erro do nosso passado. Não poderia deixar de ser diferente: mesmo quando o Brasil parece, enfim, começar a se encontrar com seu futuro promissor sempre anunciado, o triste passado de deseducação demonstra o quanto está encravado em nosso presente, lançando sombras obscurantistas sobre o amanhã. Finda mais uma eleição presidencial, na qual se cristalizou mais um inegável avanço democrático, é hora de ousar um salto adiante no enfrentamento dessa imensa ferida na alma brasileira. A educação pública precisa ser repensada em termos revolucionários, é necessário o resgate de idéias inovadoras como as fábricas de escolas, o horário integral, a qualificação do ensino, a redução de repetência pelo aumento da excelência pedagógica (e não pelo falseamento dos resultados da aprendizagem) e muitas outras. Uma virada nos rumos da educação pública no Brasil é urgente e estratégica. E um novo governo sempre é uma nova chance.
Os paises desenvolvidos terão crscimento porque priorizaram a educação.
ResponderExcluirÉ isto que garante direitos de cidadania e prosperidade.
Haroldo Góes