"Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Talvez estimulado por estes belos e inspirados versos de Geraldo Vandré, o ex-candidato a governador da Bahia pelo Partido Verde, deputado ex-petista Luiz Bassuma, presidente, no Congresso Nacional, da Frente Parlamentar em Defesa da Vida – Contra o Aborto, não esperou pela decisão do PV e nem mesmo da ex-candidata a presidente Marina Silva para antecipar seu apoio ao candidato José Serra. A antecipação é lógica. Em 2007, o PT, em um congresso nacional do partido, fecha questão a favor da descriminalização do aborto. Foi, talvez não por isto, mas certamente também não por mera coincidência – pois coincidências não existem, certamente existem as tais sincronicidades apontadas por Karl Jung –, o mesmo ano em que a então ministra Dilma Rousseff, que ainda não nem sequer sonhava em ser candidata a presidente da República, deu uma fatídica entrevista à Folha de S. Paulo. “Acho que tem de haver descriminalização do aborto. No Brasil, é um absurdo que não haja, até porque nós sabemos em que condições as mulheres recorrem ao aborto. Não as de classe média, mas as de classes mais pobres deste país”. Bem, esta é a declaração, literal, de Dilma Rousseff à Folha de S. Paulo em 2007. A ministra leu a entrevista publicada, não fez qualquer reparo ou pedido de correção. A publicação era fiel. O PT, partido de Dilma Rousseff, abriu processo contra o deputado Luiz Bassuma por “militar” contra a liberação do aborto. Juntamente com outro deputado, ele foi suspenso por um ano. “Fui punido por unanimidade”, disse à Folha em entrevista divulgada ontem, na qual frisa que “o estatuto do PT diz que, por questões filosóficas, religiosas, éticas e de foro íntimo, nenhum filiado será punido. O último governo quis legalizar o aborto duas vezes e não conseguiu, nós conseguimos impedir”. O Sr. diz o governo Lula? – pergunta a Folha. E o deputado baiano, que é espírita (os espíritas não admitem o aborto) responde: “O Lula. Aí, em 2009, o PT resolve me punir com um ano de suspensão”. Assim punido, Bassuma decide sair do PT e ingressa no PV. Foi punido porque era contra o aborto? – pergunta a Folha. “Se eu ficasse caladinho, poderia ter ficado no PT até hoje. Eles não queriam que eu liderasse o movimento. Era porque eu defendia a vida, era contra o aborto. Ora, eu ia escrever sobre mais algumas coisas, mas a importância do que afirma Luiz Bassuma vai me manter no assunto até o fim deste comentário. Ele diz: 1) Que, por “militar” contra a liberação do aborto, foi punido “por unanimidade”. A punição foi imposta pelo diretório nacional do PT; 2) Afirma que o presidente Lula e seu governo quiseram legalizar o aborto duas vezes. Dilma Rousseff era a ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República e o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que foi escolhido por Lula e defendeu publicamente a descriminalização do aborto, como o fez Dilma Rousseff. Esta já não sustenta a proposta, o que para Bassuma caracteriza uma atitude “eleitoreira”. Daí que não pensou duas vezes sobre quem apóia no segundo turno.
Vou votar nele, quero que ele seja o presidente não a Dilma.
ResponderExcluirA Marina também deveria apoiar o Serra!!!
ResponderExcluirVoto na DILMA, fui estudante como ela, torturado como ela, depois fui professor no gov. Garrastazu Médici, fomos torturados, perseguidos, apenas porque queríamos ver nosso país melhor.
ResponderExcluirSe a Marina apoiar a Dilma vai ser muita pilantragem da parte dela. Digo isso não necessariamente por ser contra o PT, mas porque a Marina estaria comendo no prato que cuspiu.
ResponderExcluirO período em que o Brasil mais se desemvolveu foi no governo de Lula, é um país que cresceu, e Dilma fará muito mais pelo apoio que obteve na bancada nesta eleição.
ResponderExcluirPor isto, voto em Dilma.
E Marina deve apoiar a Dilma.