Cerca de 500 pessoas participam da passeata Humor sem Censura, organizada pelo grupo de humoristas "Comédia em Pé", na orla de Copacabana, do Rio de Janeiro, segundo a Guarda Municipal. A manifestação contra uma norma do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que proíbe a veiculação, por rádio ou TV, de entrevistas ou montagens que "degradem ou ridicularizem" candidatos também conta com a presença de humoristas famosos. Fábio Porchat, do "Comédia em Pé", Danilo Gentili, do "CQC", e Sabrina Sato, do "Pânico", foram os primeiros a chegar. Marcelo Madureira, do "Casseta e Planeta" também está na caminhada. Porchat disse que o objetivo é mostrar que o veto a referências a candidatos em programas humorísticos "é um prejuízo para a população, não só por fazer as pessoas pararem de rir, mas também por criar uma alienação". "A censura é uma ameaça à democracia. Veja o exemplo da Venezuela", disse Gentili, referindo-se a decisão de um tribunal do país de proibir a publicação de fotografias que mostrem cenas de violência. (Folha de São Paulo).
A propaganda eleitoral no rádio e na TV, ajuda em muito na inspiração dos roteiristas de programa de humor. É um manancial inesgotável de temas, frases caras e gestos que comporão os próximos programas de humor da TV e do rádio. A proibição de humor nestas eleiçoes, deixou os programas mais chatos e rejeitáveis.
ResponderExcluirJorge Dantas de Oliveira
Não considero importante o humor nos programas de rádio e televisão dos políticos. O assunto é muito sério, para ser transmitido com piadas. Nossos parâmetros devem ser o da lisura de carater, da capacidade administrativa, do conhecimento das atribuições do cargo que postulam, sem alardes, piadinhas, chacotas, barulhos, emoções e tudo o que um bom marketeiro procura despertar no eleitor no seu grande laboratório de manipulação de consciências, que é o espaço aberto nas TVs e nos Rádios nesse período eleitoral.
ResponderExcluirWilson Andrade
Prezado amigo Val Cabral
ResponderExcluirO papel do humor na política é tão importante que deve ser levado a sério e, justamente por isso, preservado de restrições impostas pela lei. O político precisa aprender a usar o humor a seu favor. O deputado que consegue rebater de maneira informada, contundente, a uma pergunta de um repórter do CQC, está prestando um serviço à população e também a si próprio. Está usando um veículo de comunicação para sua promoção pessoal. Toda vez que suprimo o direito de manifestação, provoco um efeito colateral que é a propagação da ignorância, do desinteresse. O sujeito tem de ser capaz de fazer do limão uma limonada, de fazer da charge um instrumento de promoção de suas próprias ideias. De compreender que as pessoas têm o direito de discordar, que isso é parte do debate político. A sátira não é uma distorção. É um elemento de vitalidade das democracias maduras.
Paulo do Pontalzinho
paupont@bol.com.br
O modelo da lei eleitoral dos Estados Unidos é o mais liberal do mundo. Confere aos veículos de comunicação total liberdade, inclusive para manifestar apoio a um determinado candidato. Na Europa, existem algumas formas de regulação que procuram resguardar a imagem dos candidatos. Mas a lei brasileira é ainda mais restritiva. Produz um efeito silenciador sobre os veículos de comunicação. Prevalece uma visão preconceituosa: a ideia de que a lei e o Estado devem proteger o cidadão de si próprio. É uma cultura oficialista. Avalia que o Estado tem maior capacidade do que o cidadão para formular juízo crítico sobre fatos de interesse público. Isso é uma forma de censura
ResponderExcluirSandro Costa
Além de informar, os meios de comunicação têm o dever de criticar os fatos. E isso pode ser feito sob a forma de sátira, de charge ou qualquer outro formato de humor. A lei eleitoral brasileira incorre numa inconstitucionalidade, porque a norma atual é incompatível com o regime constitucional que assegura a liberdade de expressão.
ResponderExcluirLourival Santos
O humor é um instrumento para atrair o interesse da opinião pública para um assunto. Uma sátira se utiliza de características da personalidade de um político para despertar o interesse do telespectador e impedir este expediente é lamentável.
ResponderExcluirEveraldo Reis da Silva
O humor é a forma que melhor desperta a atenção dos cidadãos para assuntos de interesse público.
ResponderExcluirFabinho