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24 de agosto de 2010

PASSEATA REUNE CERCA DE 500 HUMORISTAS NO RIO

Cerca de 500 pessoas participam da passeata Humor sem Censura, organizada pelo grupo de humoristas "Comédia em Pé", na orla de Copacabana, do Rio de Janeiro, segundo a Guarda Municipal. A manifestação contra uma norma do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que proíbe a veiculação, por rádio ou TV, de entrevistas ou montagens que "degradem ou ridicularizem" candidatos também conta com a presença de humoristas famosos. Fábio Porchat, do "Comédia em Pé", Danilo Gentili, do "CQC", e Sabrina Sato, do "Pânico", foram os primeiros a chegar. Marcelo Madureira, do "Casseta e Planeta" também está na caminhada. Porchat disse que o objetivo é mostrar que o veto a referências a candidatos em programas humorísticos "é um prejuízo para a população, não só por fazer as pessoas pararem de rir, mas também por criar uma alienação". "A censura é uma ameaça à democracia. Veja o exemplo da Venezuela", disse Gentili, referindo-se a decisão de um tribunal do país de proibir a publicação de fotografias que mostrem cenas de violência. (Folha de São Paulo).

7 comentários:

  1. A propaganda eleitoral no rádio e na TV, ajuda em muito na inspiração dos roteiristas de programa de humor. É um manancial inesgotável de temas, frases caras e gestos que comporão os próximos programas de humor da TV e do rádio. A proibição de humor nestas eleiçoes, deixou os programas mais chatos e rejeitáveis.
    Jorge Dantas de Oliveira

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  2. Não considero importante o humor nos programas de rádio e televisão dos políticos. O assunto é muito sério, para ser transmitido com piadas. Nossos parâmetros devem ser o da lisura de carater, da capacidade administrativa, do conhecimento das atribuições do cargo que postulam, sem alardes, piadinhas, chacotas, barulhos, emoções e tudo o que um bom marketeiro procura despertar no eleitor no seu grande laboratório de manipulação de consciências, que é o espaço aberto nas TVs e nos Rádios nesse período eleitoral.
    Wilson Andrade

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  3. Prezado amigo Val Cabral

    O papel do humor na política é tão importante que deve ser levado a sério e, justamente por isso, preservado de restrições impostas pela lei. O político precisa aprender a usar o humor a seu favor. O deputado que consegue rebater de maneira informada, contundente, a uma pergunta de um repórter do CQC, está prestando um serviço à população e também a si próprio. Está usando um veículo de comunicação para sua promoção pessoal. Toda vez que suprimo o direito de manifestação, provoco um efeito colateral que é a propagação da ignorância, do desinteresse. O sujeito tem de ser capaz de fazer do limão uma limonada, de fazer da charge um instrumento de promoção de suas próprias ideias. De compreender que as pessoas têm o direito de discordar, que isso é parte do debate político. A sátira não é uma distorção. É um elemento de vitalidade das democracias maduras.

    Paulo do Pontalzinho
    paupont@bol.com.br

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  4. O modelo da lei eleitoral dos Estados Unidos é o mais liberal do mundo. Confere aos veículos de comunicação total liberdade, inclusive para manifestar apoio a um determinado candidato. Na Europa, existem algumas formas de regulação que procuram resguardar a imagem dos candidatos. Mas a lei brasileira é ainda mais restritiva. Produz um efeito silenciador sobre os veículos de comunicação. Prevalece uma visão preconceituosa: a ideia de que a lei e o Estado devem proteger o cidadão de si próprio. É uma cultura oficialista. Avalia que o Estado tem maior capacidade do que o cidadão para formular juízo crítico sobre fatos de interesse público. Isso é uma forma de censura
    Sandro Costa

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  5. Além de informar, os meios de comunicação têm o dever de criticar os fatos. E isso pode ser feito sob a forma de sátira, de charge ou qualquer outro formato de humor. A lei eleitoral brasileira incorre numa inconstitucionalidade, porque a norma atual é incompatível com o regime constitucional que assegura a liberdade de expressão.
    Lourival Santos

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  6. O humor é um instrumento para atrair o interesse da opinião pública para um assunto. Uma sátira se utiliza de características da personalidade de um político para despertar o interesse do telespectador e impedir este expediente é lamentável.
    Everaldo Reis da Silva

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  7. O humor é a forma que melhor desperta a atenção dos cidadãos para assuntos de interesse público.
    Fabinho

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