LUIZ BASSUMA DEFENDE A AUTONOMIA “DE FATO” DO PODER JUDICIÁRIO

O candidato Luiz Bassuma (PV) participou, na terça-feira/24, do Encontro dos Candidatos ao Governo do Estado com a Advocacia Baiana, promovido pela OAB-BA. Terceiro candidato a participar do encontro, Luiz Bassuma apresentou seus projetos de governo e respondeu questionamentos dos Conselheiros Seccionais e advogados presentes. Primeiramente, ele contou um pouco de sua história, sua vinda à Bahia e como ingressou na política, aos 33 anos, quando filiou-se ao Partido dos Trabalhados, onde permaneceu até 2007. Nesse mesmo ano filiou-se ao PV, que realiza pela primeira vez na Bahia uma campanha majoritária para o Governo do Estado. Antes de apresentar seus projetos de governo para a Bahia, Bassuma fez questão de lembrar que o Partido Verde pretende fazer emergir um novo modelo de Desenvolvimento para todo o país, conciliando economia e ecologia. Sobre a questão da Justiça Brasileira, Bassuma defendeu a autonomia ‘de fato’ do Poder Judiciário e criticou a interferência do Poder Executivo neste. Ele, inclusive, é contra a escolha dos ministros e desembargadores pelos representantes do Executivo, como é feito hoje. Quanto a questões como saúde e educação, Bassuma foi bastante crítico à situação atual. Na saúde, explicou que o maior problema é a corrupção. Em sua opinião, enquanto não sanar o desvio de dinheiro, que chega a 30%, não é possível melhorar a saúde no estado. Já sobre a educação, o candidato defendeu a valorização do professor e o resgate da qualidade do ensino. Sobre a Segurança Pública, o candidato foi bastante enfático ao considerar falido o modelo vigente. Ele pontuou o deslocamento gradativo do crime organizado das grandes cidades de São Paulo e Rio de Janeiro para a Bahia, onde vem encontrando um ambiente propício para se instalar. Para ele, falta um serviço de inteligência qualificado. Bassuma também criticou a Corregedoria do Estado, considerando-a deficiente, e defendeu uma mudança de políticas públicas, a começar pelo nome da Secretaria que cuida desses assuntos – Secretaria da Paz e da Segurança Humana. Questionado sobre o que pretendia fazer para trazer novas empresas para o estado, o candidato criticou a chamada ‘guerra fiscal’ e defendeu o incentivo a iniciativas importantes como o turismo e a produção de energia, grandes potenciais da Bahia para atrair investimentos. Outro ponto levantado foi o sistema prisional no Estado, o qual Bassuma considera vergonhoso, principalmente se comparado ao de outros países mais desenvolvidos. Para o candidato, os presos deveriam trabalhar. Já sobre a utilização de escutas telefônicas entre advogados e clientes, ele condenou o uso indiscriminado, considerando o fato uma invasão de privacidade e um atentado contra a liberdade. Bassuma também foi questionado sobre o que achava da administração atual, sendo, inclusive, solicitado que o candidato desse uma nota para o atual governador. Após pontuar algumas críticas, ele deu nota 6 a Jaques Wagner (PT), aproveitando ainda para dar 6 também ao ex-governador e candidato Paulo Souto (DEM), por considerar que ambas administrações foram bem medianas. Ao final do encontro, o candidato Bassuma agradeceu a oportunidade de debater suas idéias com os advogados, não apenas sobre questões jurídicas, mas sobre os mais variados assuntos. Ele elogiou a iniciativa, considerando-a de extrema importância para a democracia.