DESMENTIDO DA FUNAI CAUSA INDIGNAÇÃO

De posse de nota oficial assinada pela Presidente da FUNAI, Sra. Maria Auxiliadora Cruz de Sá, em 20/07/10, afirmando que dará continuidade ao processo administrativo de identificação e delimitação da terra indígena tupinambá de Olivença, o Prof. Ed Brasil lamentou o fato: “A princípio foi um alento a notícia publicada pela revista Época, no fim de semana passado, informando que a FUNAI aprontou um decreto anulando a demarcação como terra indígena dos Tupinambás de Olivença de 47.376 hectares situados na zona rural, causando euforia entre o pessoal das roças. Agora, com esta nota da FUNAI desmentindo a revista, infelizmente a frustração e a insegurança voltam a reinar entre os pequenos agricultores, que continuam vendo ameaçados seus legítimos direitos". Originário da região de conflito e membro da Associação de Pequenos Agricultores de Ilhéus, Una e Buerarema, Ed Brasil tem atuado efetivamente em defesa das famílias do campo, fazendo gestões desde o ano passado junto aos órgãos públicos responsáveis não apenas na região, como também na capital do estado e até na capital federal. "Na semana passada estive em Brasília especialmente para tratar dessa questão. Temos que nos fazer presentes no centro das decisões do país para que nossa história, nossas tradições e nossas culturas sejam respeitadas. Vimos que somente assim é que podemos fazer valer nossos direitos", constatou o professor. Além de lutar para que as garantias individuais da Constituição Federal - em especial a cláusula pétrea do direito de propriedade - sejam asseguradas à categoria, o Prof. Ed Brasil destaca outra luta a que dará ênfase a partir de agora: "Vamos criar mais canais de comunicação e propor a checagem de informações com toda mídia - revistas, jornais, blogs, emissoras de TV e de rádio - para que notícias sem fundamento como esta, ao que tudo indica representando interesses escusos de sabe-se lá quem, sejam publicadas numa revista conceituada como a Época. Assim proporcionaremos, ao mesmo tempo, maior segurança para os profissionais de comunicação sobre a veracidade do que divulgam e maior tranqüilidade para os nossos agricultores e a população em geral", concluiu.