... E, tudo vale na política. Vale jogar fora toda uma história de coerência, uma vida de ética e de discernimento. Ideais políticos há muito tempo já fora jogado na lata de lixo. Princípios morais e de valores já é algo inexistente. A história do Brasil, desde o século XVIII até meados da última década de sessenta, ainda era possível se fazer política com honradez, sensibilidade e coletividade do bem comum de uma sociedade como um todo. Os tempos mudaram e novos partidos de alugueis foram arrumados e os formatos universais de pensamento em benefícios à soci edade sumiram pelo ralo. Política foi transformada em ciência do interesse próprio. Hoje, na sua maioria, os partidos políticos viraram produto de negociação e os políticos tornaram-se mercadores da desgraça alheia. Conchavos são ajeitados, costuras são programadas, apoios são dados e alianças são formalizadas. Tudo em prol de interesses particulares. O povo é apenas um detalhe! Num passado recente e recentemente, lembro-me que o ex-prefeito Jabes Ribeiro atacava visivelmente o grupo de Antônio Carlos Magalhães e se atirava no colo da esquerda de Waldir Pires. Jabes criticava duramente ACM, chamando-o de ditador e sinônimo de atrazo para a Bahia. Foi contemplado com uma secretaria de estado por Waldir. Tempos depois Jabes rompe com Waldir e se joga no colo de Toninho Malvadeza. ACM era o bom, era o Deus e Waldir não prestava mais. Jabes fica com o grupo de ACM por longos anos e, depois de ser derrotado na eleição de deputado em 2006, torna a romper com o grupo carlista e procura se alojar no governo eleito do PT via PP. Imagine que Jabes batia em Jacques Vagner com seus discursos inflamados no palanque de Paulo Souto. Hoje Souto não presta mais. Jabes afirma que foi traído. Pode? Jabes falava miséria de Dr. Ruy Carvalho, inclusive tachando-o de ‘ruim de urna’. Vêm 2008 e adivinhem quem Jabes Ribeiro apoiou para prefeito: Dr. Ruy! Tudo é possível na política, inclusive vender a alma ao diabo. Aliás, o próprio Lula já afirmara dias atrás: “Se preciso fosse, Deus faria uma aliança até mesmo com satanás”! Com essa tapa de luva que o prefeito de Ilhéus, Newton Lima, deu na oposição e nos críticos de plantões, aqueles que torcem “Quanto pior, melhor”, quebraram a cara. Não se surpreendam, a qualquer momento, Jabes Ribeiro começar a elogiar Newton Lima e dizer até mesmo que segue orientações do governador e por isso respeita a aliança. Jabes começa a ficar isolado e, Newton Lima passa a ser o h omem de confiança de Jacques Vagner, com possibilidades a partir de março, de assinaturas de protocolos de intenções e muitos investimentos para a cidade. A realização do carnaval já é um sinal visível da salutar parceria Lima/Vagner. A deputada Ângela Sousa se fortalece com a aliança Newton/Jacques; Idem Geraldo Simões e Josias Gomes. Quanto ao deputado federal, Raymundo Veloso, pouco podemos afirmar, pois o mesmo, talvez por uma assessoria pífia e despreparada, pouco realizou e a tendência é não se re-eleger agora em 2010, isso se não jogar a toalha bem antes de outubro. Entre idas e vindas, aconteceu o inesperado. Alisson Mendonça, depois de anos criticando o governo Newton Lima, chamando-o de incompetente, acusando-o de improbidade administrativa e inclusive, pedindo sua cassação recentemente por falta de repasse integral do duodécimo, agora começa a fazer parte do governo. Em vez de calo do gestor, tornou-se um defensor. De vinho nobre, Alisson mud ou para água. E água poluída com aroma de vaidade. Newton foi um mestre ao colocar Alisson e o PT da facção de Alisson, sob seus chinelos. Depois de dezesseis anos de uma linha reta, o ex-presidente do legislativo municipal quebra para a direita e corre o risco de jogar sua história política no Itariri. Cadê a coerência? Seguir orientação do partido é uma coisa, ser secretario é outra coisa. Enquanto secretario, Alisson será um subalterno de Newton Lima, por isso vai ter que rezar a cartilha do executivo. Lá no andar de cima, Marcus Paiva deve estar em berros: “É uma vergonha!”. “Dr. Ruy Carvalho deu um pulo de sobrevivência. Se ainda estivesse no PT, com certeza teria enfartado pela segunda vez”, alfineta Sebastião Vivas, presidente do PRB ilheense. Alisson mudou o discurso rapidamente não apenas para ajudar o PT, mas, visando sua eleição em 2012 a prefeito e, por isso vai pagar um preço alto. O que é que o poder não faz. Só não entendo com qual cara Alisson olha para os olhos de Newton Lima e pergunta: “Senhor prefeito, posso fazer isso/posso fazer aquilo/o Senhor Concorda?/ O Senhor é que manda Newton/Tá bom, com licença!”. Alisson deve está pensando: “Que desgraça eu fiz!”. Agora, Alisson é só ramos, flores e afagos com Newtinho paz e amor. Quem diria. Os príncipes Jabes Ribeiro e Alisson Mendonça precisam arrancar de suas cabeceiras e ceifar de suas mentes os ensinamentos de Nicolau. São convidados a passearem na metodologia Aristotélica. E Newton é só alegria. Aliás, é o super privilegiado e absoluto. É um ser superior a Jesus Cristo, pois não tem um sequer opositor. Cristo ainda tem o diabo como atormentador! (Elias Reis - eliasreis.ilheus@gmail.com).
A verdade é que só tem ladrões na política.
ResponderExcluirNnehum vale o meu voto.
Walmir Costa
Na política a palavra ‘compromisso’ não vale nada. Para essas pessoas compromisso vale apenas para conquistar votos, uma coisa à toa como se não tivesse importância!
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