BRINDEMOS O ANO QUE CHEGA COM UMA TAÇA DE CHAMPAGNE

Há no ar um toque de magia. As luzes que celebram, com seu brilho, uma época de festas e de sonhos, nos levam a acreditar em novas expectativas, num novo ciclo de criações, de venturas e de glórias, de sabedorias, de conquistas, de otimismo! Queremos esquecer, com o ano que se vai, todas as tristezas, as decepções, as frustrações, as desditas! É difícil, porém, espairecer a dúvida que desafia nossos pensamentos, nossos desejos! É dura a incerteza do porvir! Não temos o poder da escolha, nem sequer conseguimos dominar a mente. Como orientar a humanidade, tão cheia de percalços, no sentido de guiá-la para o bem? Como manter a perspectiva de um dia gozarmos de um mundo cheio de luz e de amor? Há milênios que o ser humano percorre os mesmos caminhos! Cada vez mais conturbados pelos desentendimentos, pelas ambições, pelo egoísmo. Desenvolve a inteligência, a cultura, a criatividade, ao tempo em que, também, se exacerbam os sentimentos negativos que destroem todas as esperanças de propiciar a convivência numa sociedade solidária e feliz. A maioria da humanidade gostaria de proporcionar aos seus descendentes um mundo de paz, de harmonia, de compreensão. Mas será que chegará esse tempo, se cada dia o seres humanos mais se afastam, sem encontrar um consenso que una seus sentimentos religiosos, políticos e sociais? Confrontam-se por motivos comezinhos, disputam prioridades imprecisas que mais fortalecem a separação entre os povos. Por outro lado as sociedades menos favorecidas são prejudicadas pela corrupção de seus chefes, que, numa atitude desumana, esvaziam os cofres públicos em detrimento de melhores condições para os pobres. Desprezam a cultura, única capaz de transformar a estrutura social de um povo. Aproveitando-se da ignorância para impor seus lugares na política. Será que toda essa mesma humanidade encontrará a luz de uma nova forma de viver, onde prosperidade, altruísmo e justiça possam caminhar lado a lado transformando o mundo nesse paraíso tão sonhado? Esperamos que sim. E a natureza? Será que sejam entendidos seus apelos de socorro através dos vários sinais com que procura advertir os terráqueos? Em homenagem a minha, a sua, as nossas esperanças, pedindo aos céus que elas não sejam em vão, brindemos o ano que chega com uma taça de champagne e num amplexo fraterno que se estenda a todos os povos.