Ser politizado é entender como funcionam as questões ideológicas, políticas, partidárias e eleitorais. É compreender que, por trás dos pormenores políticos existem relações de exploração. Que, por trás das relações de voto, existem relações de dominação. Que, por trás das relações de informação, há um processo de alienação.
Ser
politizado é compreender que tudo o que existe foi produzido historicamente,
pelas relações entre os homens e o meio em que vivem. Ou melhor, entre os homens,
intermediados pelo meio em que vivem. E que, portanto, tudo o que foi
construído pelos homens pode ser desconstruído e reconstruído. Que tudo é
histórico. Que a própria separação entre sujeito e objeto (que nos aparece como
“dada”) é produzida e reproduzida cotidianamente mediante relações
econômico-sociais alienadas.
Já ser
petista é achar que as coisas são como são porque são como são, sempre foram
assim e sempre serão. É considerar que petista deve sempre buscar tirar
vantagens do Estado e que não há grandeza em lutar desinteressadamente por um
mundo melhor. Que o que diferencia as pessoas é a ambição de melhorar na vida,
que a grande maioria não tem jeito mesmo e por isso deve ser alienada e dominada.
Entre
o ser politizado e o petismo está a alienação, a falta de consciência da
relação entre eles e o mundo. Alienar é submeter o sujeito a acreditar fanaticamente
em tudo o que o partido determinar. Ser petista é não perceber a presença do
sujeito no objeto e vice-versa, sua vinculação indissolúvel. E não enxergar e
ouvir o que é lógico e perceptível diante das mazelas do seus líderes e cúpula
partidária.
Ser politizado é rejeitar qualquer possibilidade mínima de apoiar e votar em político, que já foi investigado, processado, condenando e preso por práticas de corrupção e formação de quadrilha. Neste contexto, o sujeito politizado jamais apoiará e votará em bandido do colarinho branco, como são os casos de Lula, Wagner e Rui Costa!

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