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22 de novembro de 2025

CLEITINHO SOBRE PRISÃO DE BOLSONARO: "PERSEGUIÇÃO INJUSTA E COVARDE"

Senador mineiro afirma que vigília, que motivou a prisão preventiva, seria para oração e não fuga.

Pouco mais de cinco horas depois da prisão de Jair Bolsonaro (PL), no início da manhã deste sábado (22), o senador Cleitinho (Republicanos-MG), afirmou que o encaminhamento do ex-presidente à Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal é uma “perseguição injusta e covarde”.

Bolsonaro foi preso às 6h, por agentes da Polícia Federal. Ele foi levado à sede da corporação, em Brasília, onde, como de praxe, passou por exame de corpo delito. A audiência de custódia, que deverá avaliar a legalidade da prisão, está agendada para às 12h, deste domingo (23), por videoconferência.

O ex-presidente foi condenado a 27 anos e três meses de prisão, no processo da trama golpista. Ele estava em prisão domiciliar e foi detido preventivamente para garantia da ordem pública, segundo investigadores. Na decisão, que determinou a medida cautelar, Moraes citou que o motivo foi a convocação para uma vigília em frente ao condomínio de Bolsonaro, convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Em sua publicação, Cleitinho questiona os motivos da decisão de agravamento da medida cautelar. Aos seus seguidores, o senador afirmou que a vigília, convocada pelo filho 01 do clã Bolsonaro, seria para orações. O parlamentar ainda cita o estado de saúde do ex-presidente, afirmando que ele tem passado por constantes “soluços”.

“O Bolsonaro está sendo monitorado pela Polícia Federal 24 horas por dia. Qual a possibilidade de fuga? Lembrando que o dia tem 24h e Bolsonaro está tendo soluço 23 horas por dia. A saúde dele está debilitada. Qual sentido faz o Bolsonaro fugir”, diz o senador.

Possibilidade de fuga - Na determinação da medida, que indicou a prisão preventiva, o ministro Alexandre de Moraes afirma que o agravamento da cautelar foi tomada para evitar que a aglomeração de pessoas dificultasse o cumprimento da ordem de prisão ao fim do processo da trama golpista. A prisão preventiva tem como objetivo garantir a ordem pública.

Além disso, a decisão aponta que o Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal comunicou que houve uma tentativa de violação da tornozeleira eletrônica, usada pelo ex-presidente, na madrugada deste sábado. “A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”, afirma o ministro.

Momentos antes da prisão, nessa sexta-feira (21), a defesa de Bolsonaro pediu ao Supremo que o ex-presidente fosse mantido em prisão domiciliar. Na petição, feita ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, os advogados enumeraram os problemas de saúde de Bolsonaro e falaram em "risco à vida". Eles pediam que o ex-presidente fosse mantido em casa, onde já cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto.

No entanto, o pedido de prisão domiciliar humanitária foi negado pelo relator do processo. No documento, Moraes afirma que, diante da prisão preventiva do réu neste sábado, "os pedidos de concessão de prisão domiciliar humanitária e autorização de visitas foram prejudicados".

Apesar da audiência de custódia, a prisão preventiva será analisada coletivamente pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal. Ainda nesta manhã, o ministro Alexandre de Moraes pediu a Flávio Dino, presidente da Turma, uma sessão extraordinária para segunda-feira (24). Além de Moraes e Dino, o colegiado, o mesmo que condenou Bolsonaro pela tentativa de golpe, também inclui Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

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