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4 de agosto de 2025

OPOSIÇÃO SE ANIMA COM CHANCE DA “MULETA LULA” NÃO FUNCIONAR TÃO BEM NA BAHIA EM 2026

            
Os baianos não estão mais dispostos a “gritarem Barrabás” e Lula não consegue mais enganar e esconder seus chifes, rabo e fedor de enxofre!

Por mais que os petistas desacreditem pesquisas de opinião na Bahia, os dados trazidos pelo Instituto Paraná Pesquisas deveriam acender um alerta não sobre a corrida eleitoral local. A grande preocupação de Jerônimo Rodrigues e aliados deveria ser a possibilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não apresentar, em 2026, a mesma potência de “grande eleitor” de quatro anos antes. E essa é uma das apostas da oposição para o próximo pleito.

Em janeiro de 2022, o entorno de ACM Neto tinha como meta tentar fazer com que Lula não chegasse a 70% dos votos na Bahia. Muitos meses antes, eles sabiam que a eleição com essa configuração seria perdida. Apesar disso – e dos esforços do petismo em associar ACM Neto ao bolsonarismo -, a campanha do ex-prefeito de Salvador não conseguiu o intento. O resultado foi a ascensão meteórica de Jerônimo e quase uma definição do governo da Bahia em primeiro turno.

Para a disputa do próximo ano, a expectativa de que Lula não vai reunir as mesmas condições de temperatura e pressão da última disputa serve de alento e motivação para quem enfrenta as máquinas federal e estadual. Ainda que o terceiro governo do petista tenha dado sinais de melhora na avaliação pública após o episódio do tarifaço de Donald Trump e as presepadas do clã Bolsonaro, no longo prazo o resultado econômico vai ser crucial para a decisão do voto. E, até aqui, itens da cesta básica mais caros e acesso a bens e serviços nas mesmas condições tendem a não jogar a favor de uma renovação do governo federal.

Isso não quer dizer que Lula e o próprio Jerônimo não apareçam como favoritos no processo eleitoral de 2026. Eles são favoritos. E quem concorrer contra ambos e vencer vai ser considerado azarão. Então há um jogo de responsabilidade para o time que está ganhando, ampliando a pressão para o favoritismo atrapalhar os planos das candidaturas à reeleição. Só que Lula, não chegando com a potência do governo de aliança e reconstrução, diminui o peso para transferir votos para o candidato a governador do 13.

No longo prazo, Jerônimo precisa que Lula reverta qualquer posicionamento oscilante da opinião pública contra o governo federal. É uma estratégia arriscada, dado que o morador do Palácio de Ondina insiste nessa muleta enquanto não conseguiu construir, até aqui, uma marca que o torne reconhecido enquanto governador – vide os antecessores Jaques Wagner e Rui Costa, que nos dois primeiros anos de mandato já conseguiam ser identificados como “político de mão cheia” e “gestor de qualidade”, respectivamente. Ser “boa praça” e atrair lideranças de oposição enquanto está sentado no cargo não entrariam como características fundamentais para ganhar nas urnas – mesmo que ajudem.

Obviamente, não dá para ignorar a possibilidade que, além de Lula, o governador da Bahia terá ao seu lado os próprios Jaques Wagner e Rui Costa, possivelmente como candidatos a senador. Caso se confirme essa perspectiva, há chance de ruptura na base aliada, o que já é um fator negativo em si, mas nada que a dupla de ex-governadores não consiga reverter. Entretanto, esse virtual trauma, associado a um governo não tão bem avaliado na Bahia e a um Lula menos potente, geram uma soma de fatores que servem para animar adversários. 

    Para além da superfície, os números do Instituto Paraná Pesquisas são mais favoráveis a ACM Neto do que parecem. Talvez por isso tenha havido mobilização por parte da oposição para celebrar os dados. Mesmo que os petistas insistam em descredibilizar qualquer arranho que possa aparecer nas próprias imagens. Por Fernando Duarte

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