O tempo está passando lento em 2025 para os eunapolitanos, menos para o prefeito Robério Oliveira (PSD), que, pouco se importar com Eunápolis (seu foco é seu bolso), que sente o ardor das cinzas das horas lhe corroer o sono, a paz e a tranquilidade, por ter a Justiça o aplicando mais uma sentença de inelegibilidade, que poderá resultar em perda de mandato.
Jamais Robério imaginaria que em tão
pouco tempo suas noites de sono tranqüilo seriam turbadas por novas condenações
judiciais e pelo clamor cada vez mais vigoroso dos milhares de eunapolitanos,
que se dizem traídos pelo prefeito, que não tem cumprido promessas de campanha.
Não demorou. E logo que assumiu, já estava com todo o “script” pronto e com o
alvo definido: privatizar o Hospital Regional e oculpar a maioria dos cargos na
Prefeitura, com cabos eleitorais de Porto Seguro.
Nesse período tão curto para muito
pouco, ou quase nada tendo feito o alcaide, quero lembrar que a administração
pública é regida basicamente por 05 princípios. Não custa nada repeti-los, haja
vista que rábula é o que não falta nesta cidade:
LEGALIDADE,
IMPESSOALIDADE,
MORALIDADE,
PUBLICIDADE,
EFICIÊNCIA.
Grifei o terceiro princípio de
maneira proposital por entender ser o mais importante dos princípios
administrativos, superando até mesmo a legalidade. Em alguns momentos da
administração é possível seguir a máxima: “FAÇA O ILEGAL, MAS NÃO FAÇA O
IMORAL”. Porém, para seguir essa máxima é preciso mais do que um cargo
político, é preciso ter em sua natureza a decência e o caráter determinado de
quem não se curva às audácias do mundo dos homens onde os conchavos
particulares, regados pelo vil metal, se fazem imperativos.
O prefeito Robério Oliveira, revogou
sete leis municipais que beneficiavam servidores públicos concursados, que
foram sancionadas em dezembro de 2024, durante a gestão da ex-prefeita Cordélia
Torres (UB). A justificativa foi a falta de recursos financeiros do município.
Mas, poucos dias após a revogação, o prefeito nomeou 86 pessoas para cargos em
comissão. Essas nomeações foram publicadas no Diário Oficial da Prefeitura e
tiveram efeito retroativo a 3 de março.
É imoral condenar grande parte dos
servidores à penúria, à miserabilidade pela queda do poder aquisitivo. É imoral
privatizar um hospital público. Imoral também é induzir a opinião pública a ver
a oposição como um estorvo e parasita. Tudo isso é imoral, mesmo com ares de legalidade.
Contudo, imoral mesmo é pregar a redução de custos em cima dos servidores e, em
nenhum momento, colocar um freio nos cargos comissionados que, em muitos casos,
não resistem a um “relógio de ponto”.
Ao contrário desse rompante de
legalidade, seria de extrema nobreza afrontar o Ministério Público ou qualquer
outra instituição e alegar o caráter humanitário desses benefícios e o risco de
degradação social que essa supressão de benefícios poderá causar à população de
baixa renda e aos servidores em geral.
Quando um administrador, por inépcia
ou pelas qualidades próprias de um autocrata, resolve reduzir benefícios
conquistados pelos trabalhadores da Prefeitura, já deve saber que essas ações
pequenas causarão imediatamente a queda na circulação de dinheiro,
principalmente no comércio dos bairros.
Passados 100 dias, o que mudou pra
melhor em Eunápolis? Na segurança, nada para comemorar: Roubos, assaltos, furto
no comércio e homicídios em níveis nunca vistos. Guarda Municipal desmotivada
pela adoção de velhas políticas que não deram certo. O mesmo se dando com os
profissionais da Mobilidade, sem efetivo e sem valorização.
Na saúde, profissionais pedindo
licença sem remuneração. Postos de Saúde sem médicos, medicamentos e
equipamentos. Hospital Regional entregue aos empresários da medicina. Nas
“Obras”, servidores expostos a animais peçonhentos como escorpiões e cobras. E
por falar em obras, as chuvas estão ocorrendo e qual projeto está sendo
preparado para o próximo período chuvoso, para contenção das inundações na
cidade?
Tempos sombrios povoam a estrada do
prefeito que, desde a mais tenra idade política, não fora muito simpático aos deveres
de ser honesto, sério e ético; nem respeitar direitos dos trabalhadores e que
agora, de volta à condição de chefe do executivo, está realizando todos os seus
desejos contra o erário e serviços públicos. Robério trama contra os
servidores, como se fosse uma fixação em desejar maldade aos serviços prestados
pelo município, sempre entoando o mantra do “estado mínimo”.
Com todo este cenário dantesco que asfixia o mundo bucólico do prefeito moribundo, é certo afirmar que seus dias serão breves e as noites serão longas, transformando 2025 no seu maior pesadelo e no seu grande ocaso. Enfim, Robério não seria prefeito, se não existisse a burrice permeando um eleitorado imediatista, misógino, pelego e houvesse uma Justiça Eleitoral séria e célere neste país!
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