As quase duas décadas de PT governando a Bahia, tiveram sustentação em sua sagacidade e inquestionável capacidade de liderança e persuasão, que resultaram na cooptação e controle do PSD e PP. Não fosse a força desses dois partidos e jamais os petistas venceriam eleições para o governo baiano.
Para as eleições de 2026, as perspectivas são sombrias para a saga de vitórias
do PT na Bahia. Isto porque articulações e decisões nacionais estão complicando
interesses estaduais desses três partidos. São favas contadas Kassab
(presidente nacional do PSD), compondo a vice da chapa majoritária do PL, com
Bolsonaro presidenciável, ou sendo vice do Republicanos, com Tarcísio candidato
a presidente com apoio de Bolsonaro.
Com Kassab vice no palanque bolsonarista, o candidato a reeleição
Jerônimo Rodrigues (PT), não poderá ter o PSD em sua campanha na Bahia, que por
sua vez terá que garantir palanque nacional no estado, através de candidatura
própria de governador. Para agravar a situação do PT, o PSD ter adesões do PP,
Avante e Republicanos (o partido da Universal assim, não mais poderia
permanecer no grupo político de ACM Neto (UB).
Essa situação restringirá o PT contar com apenas MDB, PSB, PV e PCdoB em sua pretensão de permanecer no controle do governo da Bahia. Já o PSD contará com o PP, Avante e Republicanos, enquanto ACM Neto poderá ter palanque com o PSDB, Cidadania, PDR, PSC, DC, PMN, Solidariedade e PRTB. Nessa perspectiva, a Bahia terá em 2026, três candidatos competitivos para governador: Otto Alencar (PSD), ACM Neto (UB) e Jerônimo Rodrigues (PT).
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