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Trief

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7 de fevereiro de 2025

O SUJEITO CAÍDO NO CONCEITO DE QUEM O FEZ PREFEITO

O político não é obrigado a prometer, mas depois que promete é obrigado a cumprir.

Não está difícil encontrar eleitores que estiveram integrados à campanha que elegeu o atual prefeito de Ilhéus, Valderico Júnior (União Brasil – UB) insatisfeitos com o dito cujo e já estão cansados de esperar o que foi prometido para ser cumprido já no primeiro dia de governo: tem até quem imaginou que seria secretário e não conseguiu nomeação nem para ser porteiro de gabinete de secretário!

Já tivemos a oportunidade de afirmar aqui mesmo neste nosso blog, que a lógica na política é a falta de lógica. Lógica no sentido próprio da palavra, como forma de argumentação válida (não falaciosa), em especial a partir da lei da não contradição (Aristóteles). É certamente a partir desta idéia que podemos compreender a afirmação de que o candidato faz acordo com Deus e com o Diabo, em nome, sobretudo, da vitória eleitoral. É a arte que só o político entende e, se não entender, as consequências são por todos conhecidas!

Uma coisa é fazer acordos políticos para governar bem. Outra, e bem diferente, é fazer promessas, muitas vezes até milagrosas, para conquistar o voto do eleitor e depois não cumprir nem mesmos as viáveis, o que não deixa de ser um “estelionato eleitoral”, como se tem afirmado e divulgado pela imprensa. E o eleitor, como diziam nossos ancestrais portugueses, “fica a ver navios”. Não se pode negar que o eleitor também tem culpa nesse contexto. Mesmo porque quando “a promessa é grande, o santo desconfia” ou deveria desconfiar.

Uma coisa é o candidato trazer a público seu plano de governo e de onde sairão as receitas para executá-lo, o que é seu dever, como futuro gestor da coisa pública. Outra coisa diametralmente oposta é fazer promessas inviáveis, para conquistar o voto do eleitor e depois... Utilizar-se do microfone, com boa locução e com palavras bonitas, para fazer promessas que sabe que não vão ser cumpridas, não deixa de ser uma forma de desrespeito ao consumidor, que é, não só o eleitor, como a sociedade em geral.

Não há dúvida de que a democracia (forma de governo exercida pelo povo) é o melhor caminho. Entretanto, o mandatário que recebe essa incumbência deve estar consciente de que deve cumprir as promessas de campanha, sobretudo aquelas que atendem aos anseios da sociedade e que ensejaram a sua escolha pelo eleitor. Com efeito, apenas como exemplo, as notícias que se têm veiculado pelas redes sociais de que muitos cabos eleitorais acreditaram que “quem ajuda a ganhar, ajuda governar” e essa é uma das promessas de campanha que não estão sendo cumpridas. Não se deve esperar patavinas de proveitoso, de um prefeito que não cumpre promessas com seus próprios eleitores e apoiadores.

A democracia é uma via de duas mãos. O eleitor, assim como elege alguém para ser o seu representante na gestão da coisa pública, pode e deve também cobrar o cumprimento das suas promessas e até, por meio das vias competentes, deselegê-lo. Daí a necessidade de se aproveitar as eleições de 2026, para antecipar o alerta de que “quem bota, tira”!

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