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17 de janeiro de 2025

AS AMARRAS QUE LIMITAM PORFÍRIO EM ITABUNA

Permanecer grande no PT, fará Porfírio ser reeleito, mas para ser prefeito ele terá que ser do PSD, que não quererá perder a maior cidade baiana sob seu controle partidário!

Irrequieto ativista social e militante político, Manoel Porfírio (PT), emergiu dos guetos e das complexidades e adversidades da periferia, para protagonizar uma trajetória vitoriosa em enfrentamentos com condições, que não o favoreciam. Vencer obstáculos estigmatizados como insuperáveis, foi o que mais notabilizou Porfírio como referência de abnegação, obstinação e resiliência.

Porfírio chegou onde muitos não chegaram e alcançou espaços onde o preconceito contra pobres e discriminação contra negros, eram a tônica de uma trajetória inimaginável. Primeiro Porfírio criou seu próprio grupo de militância política dentro do PT, num período em que o gângster e ex-pobre, Geraldo Cabeça de Pitu (PT do UB), mandava e desmandava no partido, como se ele fosse sua insólita propriedade privada.

Depois, Porfírio despertou o adormecido vulcão em forma de maioria dos petistas, para o fato de que o PT não poderia permanecer como abrigo do projeto familiar de um sujeito retrógado, peralta e corrupto, cuja reputação sórdida estava resultando em votações decrescentes e derrotas acachapantes para o partido. Geraldo Cabeça de Pitu, então, acabou sendo reduzido à condição de petista no palanque do arquiinimigo do PT, ACM Neto (UB)!

Não demorou muito para Porfírio ganhar a solidariedade, apoios e votos dos petistas avessos ao asqueroso Geraldo Cabeça de Pitu e assim se tornar o vereador mais votado na cidade com maior quantidade de eleitores no sul da Bahia. Mas sua trajetória de vitórias não foi encerrada aí: uma vez vereador, recusou ser vice-prefeito de Augusto Castro (PSD) e se tornou o primeiro presidente da Câmara Municipal de Itabuna.

O roteiro parece estar somente em suas primeiras páginas, pois o inquieto Manoel Porfírio está no centro do debate sobre as duas próximas eleições: em 2026 as projeções e as apostas apontam seu nome como candidato a deputado estadual, sob perspectiva de ruptura do compadrio com o Prefeito Augusto Castro, que não aceitaria aliados dificultando a pretensão da sua esposa, Andrea Castro (PSD), ocupar uma vaga na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

Já para 2028 há uma perspectiva do Prefeito Augusto Castro ser o maior cabo eleitoral, com condições promissoras de eleger quem ele quiser para o suceder. E o nome de Porfírio poderá estar no “olho do furacão”! Mas aí é onde a “porca torce o rabo” e a “jiripoca pia”, pois as dificuldades para se tornar prefeito, serão mais consistentes que todas as vitórias já conquistadas até agora pelo vereador. Zé Alberto e Sônia Fontes, são páreos não tanto mais vigorosos, que os fatores de Porfírio pertencer ao desgastado PT e a necessidade do PSD não perder o controle do maior município baiano, entre os 116 sob gestão de seus filiados.

Portanto, para ser eleito prefeito em 2028, Manoel Porfírio está amarrado à imposição de demonstrar lealdade ao prefeito Augusto Castro em 2026 e este fato exigirá que ele esteja no palanque do PSD, cuja perspectiva é ter candidatura própria ao governo do Estado, em decorrência da possibilidade de Kassab (Presidente nacional do PSD) ser vice de Bolsonaro (PL), ou Tarcísio (Republicanos). E estes são fatos que criarão nós complexos, para desamarrarem os comprometimentos ideológicos, políticos e partidário de Porfírio, que irão impor ele decidir sobre ser reeleito vereador pelo PT, ou ser eleito prefeito pelo PSD!

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