O ministro Rui Costa e o senador Jaques Wagner querem fazer parte da chapa majoritária liderada pelo governador Jerônimo Rodrigues em 2026. Se conseguirem ir juntos, serão três petistas na disputa dos cargos mais cobiçados. O de chefe do Executivo baiano e as duas cadeiras em jogo para o Senado.
Nessa
hipótese, restaria aos partidos aliados a vice, que hoje é do MDB do
vice-governador Geraldo Junior. Esse arranjo deixaria de fora o PSD, que vai
governar 115 ou 27% das 417 cidades baianas a partir de 2025. Em 2026, termina
o mandato do senador Ângelo Coronel, um dos caciques do partido na Bahia.
Assim
como Wagner, ele quer ser reeleito. A conta não fecha, porque, contando com Rui
Costa, são duas cadeiras e três pretendentes. Rui e Wagner estão numa briga
fria, mas de gente grande. O primeiro é ministro da Casa Civil. O segundo
lidera o Governo Lula no Senado.
Os
petistas acham que uma chapa com dois ex-governadores ao lado de Jerônimo seria
imbatível. Para isso, o PSD teria que aceitar a vice. E ainda restaria o MDB
dos irmãos – e espaçosos – Geddel e Lúcio Vieira Lima. Como essa dança das
cadeiras, não sobrará nada para PSD, Avante ou MDB. Chegaram a falar em dar uma
"suplência de senador", verdadeiro tapa na cara dos aliados. Como
aconteceu com o PP em 2022, é grande a chance de racha.
O PSD, que tem a maioria das prefeituras, quer reeleger Coronel Ângelo. O MDB quer manter a vice. O Avante quer uma vaga de Senado para Ronaldo Carletto, que tem toda a chance de se eleger. E nenhum deles acredita na reeleição de Jerônimo. PCdoB, PSB e outros nanicos também não acreditam, mas não têm lugar na mesa dos adultos. Ninguém liga para o que eles pensam.
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