Nem mesmo o malabarismo publicitário do governo do estado consegue evitar que a realidade dos fatos venha à tona. Depois de passar o ano de 2023 prometendo enfrentar a fome e a pobreza, inclusive com o lançamento do programa 'Bahia sem Fome', o governador Jerônimo Rodrigues (PT) recebeu um extrato negativo do IBGE, cujo relatório divulgado esta semana, apontou que quase metade da população baiana vive em situação de pobreza e 8,8% em extrema pobreza. E pior: a Bahia foi novamente o estado com maior número de pessoas vivendo na extrema pobreza.
O
resultado não é fruto do acaso. Como já mostrou a coluna, em 2023 Jerônimo
deixou de aplicar R$ 270 milhões no combate à fome, embora o recurso estivesse
disponível no Fundo de Combate à Pobreza (Funcep). De acordo com o portal
Transparência Bahia, o fundo arrecadou R$ 979 milhões, mas o petista só aplicou
R$ 702 milhões. Ou seja, ficou dinheiro parado no caixa enquanto muita gente
padecia.
O
relatório do IBGE também jogou um balde de água fria na pretensão do governo de
celebrar o aniversário de um ano da sanção da lei que, oficialmente, criou o
'Bahia Sem Fome'. Fato é que Jerônimo chega à metade do seu governo sem
apresentar bons indicadores nem mesmo na agenda social e manteve a Bahia com o
segundo maior número absoluto de pessoas pobres do Brasil, atrás apenas de São
Paulo, que tem o triplo da população baiana.
Jerônimo pode compartilhar a posição inglória com seus antecessores Rui Costa e Jaques Wagner, ambos do PT, que foram igualmente passivos e ajudaram a montar esse ciclo dantesco de 20 anos.
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