Comprar ou vender voto é crime eleitoral grave. Porém, por mais que a Justiça Eleitoral se esforce para tentar conscientizar candidatos, cabos eleitorais e eleitores a respeito do assunto sempre aparece um espertinho para fazer funcionar a engrenagem viciada da ilegalidade, afrontando as leis e desafiando as instituições, como se tem acompanhado no noticiário local e nacional a cada pleito.
Nas eleições de 6 de outubro, a Justiça Eleitoral recebeu
uma enxurrada de denúncias de crimes eleitorais envolvendo candidatos a
prefeito e vereador. Oferecer dinheiro, cargo público, bens, ou qualquer outra
vantagem em troca de votos é crime não somente para quem compra, mas também
para quem vende, sujeitando-se o infrator a pena de multa e reclusão.
Jornais, tevês, sites de notícias e mídias sociais
deveriam aproveitar os dias que antecedem o dia da eleição para falarem mais
sobre o tema, visando conscientizar o eleitor a não embargar na canoa furada
dos mercadores de votos, porque isso é uma afronta à democracia. Todavia, a
maioria absoluta desses veículos de comunicação estão no controle dos políticos
compradores de votos.
Coloque-se no lugar de alguém que se preparou para
disputar, por exemplo, uma vaga para a Câmara Municipal. Depois de visitar
bairros, distritos e diferentes localidades para ouvir as reinvindicações da
população nas áreas da saúde, educação, segurança, mobilidade urbana,
iluminação pública, recapeamento de ruas, infraestrutura, entre outros
assuntos, explicando diretamente sobre as soluções e alternativas de melhorias
para os problemas abordados, sem rodeios ou promessas mirabolantes, enfim,
fazer uma campanha limpa e com pouco dinheiro, essa pessoa acabou atropelada
pelo derramamento acintoso de recursos controlado nas mãos de uns poucos.
Isso não é justo, para dizer o mínimo. Embora as eleições 2024 já tenham terminado, é necessário que a pratica de mercantilização do voto e contratação de lideranças políticas, seja analisada como um ilícito que não pode permanecer acontecendo nas campanhas eleitorais. Nunca é demais repetir: comprar ou vender voto é crime e “voto não tem preço, tem consequência... muito ruim”!
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