O Partido da Mulher Brasileira (PMB) de Ilhéus, lançou em sua chapa proporcional, duas mulheres como candidatas. Mas no transcurso das eleições, uma delas renunciou e isto obrigou o partido a preencher a cota de gênero com a inscrição de uma outra mulher, para não diminuir o número de candidatos do outro gênero. Pasmem, essa nova candidata, Mariangela Conceição Santo (Mary) foi impugnada, porque não estava filiada ao partido.
O PMB
desdenhou da legislação eleitoral ao manter essa candidatura, que obteve indeferimento
em duas instâncias judiciais. Assim, o partido descumpriu o quantitativo
mínimo, necessário para o cumprimento da cota de gênero exigido pela justiça
eleitoral. Para agravar a fraude, essa candidata teve zero votos, o que derruba
qualquer tipo de argumento de que a mesma, mesmo estando com seu registro
pendente, teria feito campanha e disputado a eleição.
O PMB obteve 5.006 votos, que foram suficientes para
atingir o quociente mínimo para eleger vereador o então candidato “Neto da
Saúde” (681 votos – o menos votado entre os eleitos), que luta para a Justiça
Eleitoral não confirmar a fraude no preenchimento da cota de gênero, com
consequência da vaga do partido deixar de existir, por cancelamento automático
de todos os votos concedidos aos candidatos do PMB. Com isto, deverá ser
refeito novo cálculo de quociente eleitoral, para se saber quem vai ocupar a
vaga.
Caso Neto da Saúde perca a vaga, ela deverá ser preenchida por Fabrício Nascimento, primeiro suplente do Avante. E como ocorrerá um novo cálculo, também haverá diminuição do quociente eleitoral na cidade de Ilhéus e este fato terá desdobramento que poderá atingir o PSD, que fez quatro vereadores. Nessa nova contagem do recálculo, o partido perderá uma vaga para Cláudio Magalhães, do PCdoB, que assim será reeleito pela Federação Brasil da Esperança.
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