A rejeição é muitas vezes mais importante que a intenção de voto. Ela é muito difícil de mudar. Quando o eleitor diz que não gosta de um candidato, é porque tem o mínimo conhecimento sobre ele. E este fato é o que tem nos permitido observar uma queda vertiginosa na perspectiva eleitoral do ex-prefeito Robério Oliveira (PSD). Embora este fator não seja único para explicar o aumento de rejeição à pretensão de Robério voltar a ser prefeito em Eunápolis.
Não está escrito nas
estrelas que terão futuro nebuloso os candidatos estagnados, ou com pálida
intenção de voto nas pesquisas realizadas a esta altura do ano. Especialmente
num ambiente politicamente volátil, repleto de incertezas e de possibilidades
diferentes de candidaturas que vemos neste momento. A disputa acirrada entre
Robério Oliveira (PSD), Neto Guerrieri (Avante) e Cordélia Torres (UB), são um
exemplo claro das dúvidas vigentes.
O aumento de rejeição ao
prefeiturável Robério, tem sido oxigenado pelo descrédito que o povo está tendo
sobre decisões judiciais, que geram um sentimento de impunidade aos crimes de
fraudes, corrupção e formação de quadrilha, a que o ex-prefeito tem sido
submetido. E a diminuição de sua aceitação, decorre do eleitorado de rejeição a
Prefeita Cordélia Torres, que tem migrado para a candidatura de Neto Guerrieri;
que há dois meses decidiu ser candidato a prefeito e fez ex-aliados dapezistas
e cordelistas, desistirem de apoiar Robério e passaram a favorecer Guerrieri.
É possível que o candidato lidere a disputa com 30 a 40% da aceitação popular e que esses percentuais sejam superiores ao obtidos pelos demais concorrentes. Todavia, sua rejeição é de mais de 40%, com seus adversários registrando índices de 20 a 30% de eleitores que confirmam não pretenderem votar neles. Portanto, quem tem 40% de aceitação e se ver caindo na aceitação popular, corre o risco de não ficar nem em segundo lugar no resultado final das eleições.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.