A "indústria das viagens de vereadores" opera a todo vapor no país inteiro e elas apenas servem para proporcionar lazer turístico e divertimento, com Câmaras Municipais pagando vultosas "diárias", passagens áreas, hospedagens em hotéis paradisíacos e alimentação requintada. Tudo isto é muito caro e só acontece em Brasília (DF), Camboriú (SC), São Paulo (SP) e cidades turísticas.
E quais são as alegações para que vereadores desperdicem dinheiro público, com essas viagens supérfluas e melomaníacas? Aí está o xis da questão e onde a porca torce o rabo, pois a maioria absoluta dessas viagens é desnecessária porque aborda assuntos atrasados para quem já está em fim de mandato e com pouca possibilidade de ser reeleito.
A internet é espaço inesgotável e de fácil acessibilidade para assuntos como “Municipalismo inteligente para um mandato de futuro”; “perfil da nova liderança política em 2024”, “Como usar a imagem para se comunicar”, “conhecimento e discussão sobre práticas legislativas que promovem a efetivação das ações que deverão ser cumpridas pelo Executivo” e "conhecer práticas significativas para embasar o trabalho legislativo".
Até cremos que essas viagens de vereadores, se justificariam no primeiro ano de mandato, embora não exista nada que eles pudessem aprender presencialmente, que não seja mais completo e compreensível diante de uma monitor de computador e a custo zero para o erário. Vereador não tem nada mais para aprender em seu último ano de mandato. Essas viagens servem apenas para suas diversões pessoais.
Para a maioria que deverá perder a reeleição, o que explica viajar a Brasília, São Paulo, ou Camboriú, com despesas pagas pelo dinheiro público, se o ano é de uso exclusivo das ações de campanha eleitoral e não haverá permanência no mandato? Essas viagens são somente turísticas e um deboche contra a falta de medicamentos, médicos e equipamentos em hospitais e postos de saúde; ruas esburacadas e não iluminadas, entre outras dificuldades a que está submetida a população.
Tudo isto acontecendo diante dos olhos dos promotores públicos, inspetores do Tribunal de Contas dos Municípios, partidos políticos, sociedade organizada e não governamental e de parte do eleitorado, que parece considerarem justo e normal, que o dinheiro da Prefeitura e Câmara, pague despesas para vereadores curtirem dias de festas, turismo, diversões e nababescas orgias!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.