Ouço pessoas dizerem que a disputa pela Prefeitura de Porto Seguro será acirrada e há quem preveja a "deputada estadual" Cláudia (Um bilhão eu fico), com condições de vitória acachapante. Mas “De barriga de mulher grávida, de urna eleitoral e de cabeça de juiz, ninguém sabe o que pode sair”!
Este é um antigo e conhecido ditado popular. Outro semelhante diz: “cada cabeça uma sentença”. Procurei sua origem sem qualquer sucesso. Descobri, entretanto, que este ditado não encontra correspondência em outros países, o que me leva a crer que se trata de um genuíno provérbio brasileiro, provavelmente em razão de nossa pré-modernidade.
Ocorre que, com o passar do tempo e o surgimento de novas tecnologias, o referido ditado ficou no contexto das "meias verdades"! Isto porque, para barriga de mulher grávida, faz três décadas que existe o exame de ecografia e, para urna eleitoral, temos as chamadas pesquisas de boca de urna, cada vez mais precisas, de maneira que, misteriosa mesmo, permanece sendo apenas a cabeça dos juízes.
Mas, afinal, importa saber como os juízes decidem os casos? Evidentemente que esta é uma pergunta retórica. Se a resposta fosse negativa, não haveria porque escrever este artigo e tampouco existiriam tantos juristas preocupados com ela, especialmente nas eleições, onde se destacam as teorias da "compra de sentença" e "compadres de toga"!
Isto posto, poderemos rebater as previsões de que Cláudia (Um bilhão eu fico), está tão incerta como candidata, quanto o que poderá decidir um juiz sobre suas pendencias judiciais, que poderão resultar em nova prisão e condenação de inelegibilidade. Portanto, esse clima de "já ganhou", poderá esbarrar em impedimento legal e provocar um dissabor enorme na cabeça de quem pensa que compensa soberba e o deboche à Justiça!
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