Desde adolescente desejei ser vereador em Itabuna. Primeiro porque eu sempre achei bonito vestir terno e para tanto eu teria que ser Pastor, Advogado, ou Vereador. Por temer as Verdades no sacerdócio religioso e não entender as mentiras no círculo das Justiças, decidi trilhar por um caminho onde mentiras e verdades são como xifópagas e assim conhecer a Verdade, para me libertar!
Outro fator preponderante em minha pretensão de ser vereador, sempre esteve em minha personalidade de ajudar as pessoas e contribuir para o aperfeiçoamento da sociedade e engrandecimento da minha amada cidade. Isto sim sempre teve prioridade no que entendia como beleza interior. Ter mandato de vereador seria possuir um instrumento de revelar verdades e fortaecer a luta por justiça social.
Por outro lado, também encafifei no quanto seria estapafúrdio crer no que eu não poderia fazer. E aí é onde a "porca torce o rabo", pois a maioria do eleitorado está viciada em enxergar o vereador, como o culpado por sua rua está esburocada e mal iluminada; os postos de saúde não terem médicos, medicamentos e equipamentos; além "de ter dever" de doar telhas, cimento, emprego, cesta básica, cerveja, etc.
Não é bom ser vereador sendo tratado como psicólogo, para curar transtornos mentais, comportamentais e emocionais das pessoas; como assistente social para doar bens materiais para indivíduos manhosos e preguiçosos; como masoquista, que deve dar a outra face para ser esbofeteada por pessoas ingratas e traidoras, ou como curandeiro para tratar diarréias e disfunções eréteis de eleitores com impotência sexual.
Deve ser péssimo ser vereador, não sendo reconhecido por seu padrão de excelência em fiscalização e legislação e ainda ser tratado como "germe do verme do estrume do cavalo do bandido", por não pagar cachaça para o eleitor; e não defender interesses pessoais de pessoas, que exigem benefícios ilícitos, sórdidos e prejudiciais a melhoria da qualidade de vida da população.
Deve ser muito ruim ser vereador sério, ético, honesto, proativo, propositivo e mal compreendido por comunicadores, eleitores e gestores; ser coerente com seus posicionamentos ideológicos e politicos; ser correto e decente com sua conduta humana, partidária e comunitária e está com consciência tranquila por exercer um mandato com dignidade e respeito as leis.
Todavia, deve ser muito pior ser omisso e não tentar ocupar um espaço de poder, que possa viabilizar ações de desenvolvimento humano e conscientização de cidadania, para eleitores que terão que aprender, que bom é ter vereador que corresponda às expectativas de resultados de uma representação popular, forjada nos princípios de honestidade, lealdade, solidariedade, tolerância, respeito e luta para construção de uma sociedade mais fraterna, solidária, justa e igualitária!
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