Desde que iniciei a minha vida de estudante, aprendi que a chamada era a primeira tarefa. E acredito que ainda hoje, na maioria das escolas, esse ritual ainda se repete. Só depois da confirmação da presença de cada aluno, a aula começava. E, claro, às vezes, alguns estavam na sala, mas não estavam presentes. Tinha-se que repetir o nome e alguns levavam mesmo falta. Só hoje acalço a profunda importância filosófica desse ato.
Antes de dar início à aula, a professora queria saber se estávamos ali, se habitávamos o tempo presente. Quem me acompanha neste espaço, já deve ter percebido a importância que dou ao valor da vida “no seu instante vivido”, isto é, a vida no presente, em detrimento ao passado e ao futuro. E não é apenas devido ao capricho de uma convertida ao vitalismo, é porque é uma necessidade. E uma necessidade urgente.
E não é alarmismo, afinal, quais são os grandes males existenciais da modernidade? A ansiedade e a depressão. E aqui compreende-se: a depressão é o excesso do passado e a ansiedade é o excesso de futuro. É preciso que se compreenda que o passado e o futuro não existem no mundo real, eles só fazem sentido na nossa mente (são tempos da alma) e o seu “exercício” só é possível em sacrifício ao presente. Portanto, o apego ao passado e futuro negligencia e anula o presente, logo, anula a vida.
Este fatos talvez expliquem a quimera a que o ex-prefeito, Jabes Ribeiro (PP), está submetido em sua dificuldade de distinguir o passado e o futuro, vivendo um presente equidistante da sua realidade. Seu tamanho já foi de "elefante" e ao olhar-se no espelho é assim que ele se vê; sem perceber que suas dimensões se restringem aos limites proporcionais de uma formiga, aos olhos da maioria absoluta dos ilheenses.
Seu pouco resquício de realidade, faz Jabes recorrer ao amparo de quem sua história se opôs a qualquer possibilidade de compadrio. Como seu passado limita seu presente, Jabes tenta avançar em sua busca de um futuro no comando do poder, se agarrando a estratégia de se mancomunar com o empresário Valderico Júnior (filho de Valderico Reis), para que Ilhéus não seja mantida sob o ritmo acelerado de desenvolvimento, capitaneado pelo Prefeito Mário Alexandre (Marão).
Todavia, as pesquisas revelam que a rejeição popular acachapante a que Jabes Ribeiro tem sido submetido, advém de um passado que passou e cuja perspectiva é ser mantido longe do presente e inacessível no futuro. Acabou o tempo em que "conversa pra boi dormir" e "canto da sereia", faziam canoas navegarem tranquilos em mares revoltos e "pipas" sobrevoarem bem em céu de brigadeiro"! O presente é de Ilhéus melhor, maior e muito mais desenvolvida e humanizada!
Não há mais espaço no presente e nem no futuro, para "canoas furadas", que no passado fizeram Ilhéus retroceder e comer o pão que Jabes, Valderico e seus cupinchas amaçarram! Não há mais vão no mar que Ilhéus navega... há prosperidade, avanços, felicidade e... Marão!
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