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26 de junho de 2023

O DEPERDÍCIO DO ERÁRIO COM SAFADÕES DA LUXÚRIA EXACERBADA, NO SÃO JOÃO DO REI MOMO

Cachês milionários de Safadão, contrapõem menosprezos de prioridades culturais e descaracterizam as tradições das festas juninas!

Vira e mexe, o cachê milionário de Wesley Safadão assusta magistrados com o martelo da Justiça em mãos. O caso mais recente, leio na coluna do colega Claudio Nunes, ocorreu no sofrido Maranhão, onde o cantor cobrou a bagatela de R$ 500 mil para alegrar um município de 30 mil habitantes. Sentença do Superior Tribunal de Justiça considerou a quantia incompatível com os cofres de Vitória do Mearim, o show foi cancelado.

Pelo visto, apesar de sua dimensão modesta, o município sergipano de Areia Branca tem bala na agulha, pode se dar a luxos. O São João bancado pela Prefeitura não peca por economia de palitos. Na abertura, dias 30 e 31 de maio, Safadão divide o palco com Xand Avião e Luan Estilizado.

A relação entre cantores de grande apelo popular e prefeituras de municípios perdidos no cu do mundo, encravados onde Judas perdeu as botas, dá o que falar. O Ministério Público Federal cobrou explicações sobre a diferença exorbitante de cachê cobrado por Safadão, de um dia para o outro. Em um município, o show custou R$ 195 mil. No outro, o custo da apresentação realizada algumas horas depois pulou para R$ 700 mil. Mesmo considerando eventual flutuação, em função da agenda do cantor, a discrepância flagrante sugeria a prática de superfaturamento.

Assim ocorre, nação nordestina afora. Ninguém sabe quanto o privilégio da ilustre presença de Safadão custa aos cofres das prefeituras mais tristes, muitas vezes caindo aos pedaços. O Tribunal de Contas em Sergipe precisou proibir prefeituras com os salários dos servidores atrasados de contratar shows durante os festejos juninos. Nunca se viu tamanha diligência para honrar os compromissos com o funcionalismo.

Os argumentos apresentados para justificar o derrame de recursos em grandes eventos festivos são sempre os mesmos. Este seria um necessário investimento em “Cultura”. E por aí vai. Trata-se, no entanto, de algo muito mais simples, a eleição de prioridades. Constrangidos pela mais absoluta penúria quando se trata de promover as políticas públicas de saúde, segurança, educação, os prefeitos mais animados não cuidam de fazer contas quando chega o São João. 

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