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30 de junho de 2023

NUNCA DÁ PÉ O TEMPO DE "CALDO DE CANA"!

Direitos e deveres sem humanização, são letras mortas!

Decidido fui ao encontro marcado para às 16 horas, no gabinete do meu patrão, para o entregar meu irrevogável pedido de exoneração. Não queira mais integrar uma equipe que julgava incompatibilizada com minhs ideias, projetos e presteza. Cheguei em seu gabinete 10 minutos antes e tive que esperar seis horas e trinta minutos, para ser atendido!

Às 22h30 entrei no gabinete e ele me recepcionou já se dizendo exausto e que nossa reunião teria que ser "caldo de cana", numa alusão ao tempo rápido a que deveria perdurar. Respondi que deixaríamos aquele encontro para uma outra data, pois eu havia perdidos mais de seis horas da minha vida, para ter apenas uns cinco minutos de quem me fizera esperar tanto tempo para ser atendido.

Já devidamente acomodado numa poltrona, comecei a expressar minha decisão de não mais ser membro da equipe dele e depois de ouvir o que ele dizia de humanização, o interpelei indagando-lhe sobre que humanização, pois havia ficado seis horas e meia aguardando para ser atendido, num horário demasiadamente tardio, embora houvesse sido estabelecido anteriormente. Este fato me motivou a escrever sobre falta de tempo nas relações.

O observei que nunca falta tempo, falta prioridade. E essa é uma verdade impressionante para muitos: o nosso tempo é o mesmo. Claro, a percepção de cada um pode até ser distinta. O tempo é relativo, nos diria Einstein. Ainda assim, todos nós possuímos a mesma quantidade de horas em um único dia. Vinte e quatro, para ser exato, caso desse meu amigo e ex-patrão, sempre ocupado demais para se lembrar disso.

O tempo não muda. O que muda então são as nossas prioridades. O quanto nos preocupamos com o outro e valorizamos, ou não os diferentes aspectos das nossas vidas. Desejar não somente receber cuidado, mas querer torná-lo recíproco. Aliás, vou além. O tempo só nos faltará quando não estivermos mais nesse mundo. Até lá, o relógio não poderá ser o culpado pelas nossas ausências. O bode expiatório pelos nossos desinteresses.

Sempre existiram segundos suficientes para dizermos ao menos um simples eu estou aqui. Sejamos mais sinceros então. Tempo não nos falta. Aliás, tempo nunca nos faltará. Pelo menos não enquanto estivermos vivos.

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