O comando do Avante em mãos do ex-deputado Ronaldo Carletto, com ostensivo apoio dos petistas, governador Jerônimo Rodrigues e do Ministro da Casa Civil, Rui Costa, tem propósito de diminuir o poder político e eleitoral do PSD e do PP e a influência que ambos exercem no interior baiano.
Em decorrência das enormes dificuldades do PT eleger prefeitos na Bahia, os petistas usam partidos aliados para acuar e asfixiar a oposição. Mas já estava incomodando a ingerência protagonizada por PSD e PP. Estes fatos fazem o PT recorrer ao Avante, para conter afoitos e rebeldes entre seus aliados.
Desde o rompimento do PP com o PT, no ano passado, para apoiar a candidatura ao governo de ACM Neto (União Brasil), a articulação política do governo passara a discutir a necessidade de, encerradas as eleições, ‘construir’ um aliado que pudesse substituí-lo.
Pleito concluído, a maioria do PP voltou à base mas sem a mesma confiabilidade de antes. A insegurança em relação aos planos da sigla aumentou com o veto à eleição de Carletto como sucessor de Leão, que acabou substituído pelo deputado federal Mário Negromonte Jr.
Negromonte Jr. nunca pretendeu levar a agremiação de volta para a oposição, mas – é público e notório -, pelo perfil independente, não estava disposto a estabelecer uma relação simplesmente de submissão ao governo, projeto a que Carletto está dedicado.
A solenidade de posse de Ronaldo Carletto no comando do Avante, teria contado com filiações de 40 prefeitos e entre eles não estavam apenas os prefeitos historicamente ligados a Carletto da época em que esteve no PP.
Por trás de toda a movimentação, estão as eleições municipais do ano que vem, nas quais Jerônimo quer se fortalecer com o maior número de aliados eleitos a fim de chegar em 2026 com mais facilidade para se reeleger.
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