O momento é propício para boatos, especulações e toda sorte de versões. Mas sempre haverá fundo de verdade em vozes correntes que circulam à meia luz e em muitos espaços nos quais a política é discutida.
Os cifrões são absurdos e dão conta da voracidade de alguns: R$500 mil por um voto para afastar uma autoridade do mandato, conquistado com maioria absoluta dos votos conscientes e não venais.
Uns pretendem amealhar fortuna. Quantos anos o trabalhador que ganha salário mínimo teria que mourejar para conseguir este valor? Impossível, porque não dá nem mesmo para a sobrevivência.
Enquanto isso, na penumbra, tenebrosas transações acontecem. Alguém está disposto a pagar o montante? De onde vem o dinheiro para a negociata? Quais padrinhos estão envolvidos? De que forma eles pretendem reaver o dinheiro “investido”?
Na escuridão, alguns se juntam com sede de poder e outros, ávidos pelo dinheiro sujo, querem muitos reais nos bolsos. Note-se, para o bem da verdade, que os mais famintos são aqueles que se apresentam como “santinhos”, escudados em discurso religioso.
Os mais caros querem R$500 mil. Mas haverá neófitos em busca de arrebanhar quantias mais módicas. A descaração é a mesma. E o povo continuará a ser ludibriado, principalmente pelos mansos, sempre os mais perigosos.
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