Se precisar enfrentar um distúrbio social grave na Bahia, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) já sabe a quem recorrer. Seu vice, Geraldo Jr. (MDB), que está sempre por ali espalhado, feito arroz de festa, não deve se furtar em socorrê-lo. Nem poderia. O vice tem à sua disposição, segundo informes recebidos ontem por este Política Livre, simplesmente 40 policiais. Todos lotados em seu gabinete, que, aliás, ninguém sabia que fosse assim tão grande para absorver tanta gente.
O contingente, claro, tem chamado a atenção no governo. E assessores de Jerônimo têm alertado o governador para a exagerada dimensão da tropa que passou a ser liderada por Geraldo Jr. tão logo o emedebista assumiu o mandato. A bem da verdade, os policiais, em ritmo de rodízio, porque de outra forma não seria possível, praticamente acompanham o vice-governador em todas as atividades de que toma parte.
Como comparecer a eventos, comparecer a eventos, comparecer a eventos e cumprimentar todo mundo antes mesmo de o governador se apresentar nos espaços, como se fosse ele o verdadeiro dono da festa. Chegam invariavelmente com o vice a bordo de sedãs de luxo reluzentes como se constituíssem um grupo paramilitar, pronto a atacar e resolver todos os problemas que se apresentem na esfera global.
É um contraste chocante com a simplicidade da figura central do governo, Jerônimo. Numa espécie de transe quando recebeu o cargo fictício – que fique aqui entre a gente – de “coordenador” do Carnaval, Geraldo Jr. chegou a dizer que dividia a mesma caneta que o governador. A fala, claro, não teve maiores repercussões exatamente porque era tempo de festa e todo mundo julgou que não passasse mesmo disso, um delírio.
A preocupação de verdade é que ninguém sabe o que os policiais de Geraldo Jr. fazem nas horas vagas, que são muitas tanto para eles quanto para o vice, já que, como todo mundo está cansando de saber, o subtitular constitucionalmente não faz nada, a não ser substituir o titular em caso de impedimento.
Aliás, tem gente na governadoria que diz rezar todo dia, da hora em que acorda até o momento em que deixa as instalações do governo, para que isso não aconteça nunca. Porque aí, asseguram, seria a mais pura bagaça! Por Política Livre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.