Mais de vinte mil pessoas pediram empregos na prefeitura de Eunápolis, nesses dois anos de gestão da Prefeita Cordélia Torres (UB). E este é um fato que revela o tamanho preocupante da crise social a que estão submetidos os eunapolitanos e o quanto Cordélia está tendo dificuldade para descascar o "abacaxi", cujo dono são os governos estadual e da União.
No início do seu mandato, se Cordélia fosse classificar apenas aqueles que se disseram interessados em ocupar vagas em seu primeiro escalão da administração, o secretariado deveria contar com centenas de vagas. Todos presidentes de partidos, dirigentes de clubes de serviços, líderes comunitários e colabores próximos da campanha, quiseram integrar o quadro de secretário do novo governo.
Para ser eleita, Cordélia teve que contar com mais de três mil militantes e cabos eleitorais. Todos, ou quase todos, se sentiram protagonistas da vitória. Ajudaram a eleger e se julgam merecedores de também fazerem parte do governo.
Sobretudo, com o fato de que pessoas que nem fizeram parte da campanha e nem votaram em Cordélia, foram anunciadas como detentoras de cargos, cujos salários vão de 2 a 6 mil reais mensais.
Nem todo mundo que pediu votos para Cordélia, se acha com dever de ter que ser nomeado para trabalhar na Prefeitura. Outrossim, mais de 20 mil eleitores a procuraram com propósito de conseguirem uma “boquinha” na prefeitura. Foi aí onde as coisas complicaram, pois nunca houve mais que 700 vagas para serem preenchidas.
Outro aspecto a ser considerado, é que parte dessas vagas, foram reservadas para a distribuição entre vereadores aliados e dirigentes partidários e colaboradores diretos da campanha. Cada um dos desssete vereadores (mesmo os que se elegeram sem integrar a coligação de Cordélia), exigiram cargos para seus apadrinhados.
Para assegurar maioria na Câmara, é tradição no país inteiro, que prefeitos garantam nomeações para todos vereadores de situação. Isso, no mínimo, significa a ocupação de centenas de cargos comissionados.
Cada um dos partidos coligados, inclusive o que é filiado(a) o(a) gestor(a), também tem cargos e aí a gente soma mais outras centenas de vagas. Portanto, só com vereadores e partidos políticos, o comprometimento supera mais da metade das vagas para o funcionamento da administração.
No caso específico de Eunápolis, chegamos então a um número muito superior a metade. Restaram umas 300 vagas. Mas faltaram as indicações da própria prefeita Cordélia; parentes e aderentes dos secretários; indicados de grandes colaboradores da campanha, cabos eleitores e colaboradores diretos da campanha.
Assim, mais de 19 mil e 300 “eleitores e apoiadores de Cordélia” ficaram à ver navios, com alguns se sentindo frustrados e traídos. As 20 mil pessoas referidas acima, são apenas as que foram computadas até a semana passada, pois outras tantas estarão, desesperadas em busca de Cordélia, para obterem o que julgam serem merecedoras e que há na prefeitura emprego para todas.
Muitos se rebelaram contra Cordélia e a consideraram ingrata, pois apoiaram e votaram apenas com pretensões de se locupletarem do governo. Essas pessoas nunca pensaram em ajudar Eunápolis a se livrar da Quadrilha dos Fraternos e contribuir para sua predestinação de ser uma cidade grande e humanizada. Só olharam para seus "próprios umbigos"!
Todavia, Cordélia tem ajudado a atenuar o drama do desemprego com políticas públicas de incentivos fiscais e fomento para implantação na cidade de novas empresas, cujos resultados são de geração de emprego e renda e este é um fato constatado através da criação de quase 2 mil novos CNPJs, que aqueceram a economia e viabilizaram novas vagas para o mercado de trabalho em Eunápolis. Inclusive para milhares de pessoas, que apoiaram e votaram para ajudar Cordélia, a as ajudarem a não precisarem de cargos na Prefeitura, para prosperarem e serem felizes!
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