Estamos curtindo nesta quarta-feira, dia 12, o Dia da Criança. Homenageamos, assim, o futuro do Brasil, a riqueza, o grande tesouro de nossa Nação. Não é de hoje que a criança brasileira é relegada ao mais absoluto descaso, morrendo aos milhares de causas evitáveis.
Apesar dos obstáculos imensos, graças a diversas entidades da sociedade organizada e em especial à Pastoral da Criança, a situação não é mais difícil para nossas criaturinhas infantis. É preciso, entretanto, caminhar muito ainda. Milhares de crianças em idade de 5 a 12 anos perambulam pelas ruas, dormem nas ruas, cheiram cola, passam fome e convivem com as piores situações que uma criança nessa idade pode enfrentar.
Incontáveis são esses dramas vividos pela criança: abandono, privação materna ou paterna, negligência, maus tratos psicológicos e físicos. Tudo isso acontece na sociedade atual e onde vem acontecendo há muito tempo. A criança, então, com sua imensa sensibilidade a tudo assisti abalando profundamente o seu comportamento diante do mundo.
Lares instáveis, lares desfeitos, resultado da separação dos pais, lares negligenciados, onde pai e mãe não tem tempo suficiente para ficar ao lado dos filhos, lares brutalizados, onde a violência é uma rotina, consequência de pais irresponsáveis que agressivos ou alcoolizados maltratam a esposa e os filhos causando-lhes profundas marcas que vão perdurar pelo resto da vida.
Contingente imenso da população brasileira vive atualmente à margem do progresso econômico e social. É uma tristeza nos tempos atuais não possuírem a menor possibilidade de serem atendidas às mínimas necessidades em alimentação, habitação, saúde, vestuário e educação.
Nesse momento é onde está o grande perigo, quando a criança se dá conta de que tudo o que falta para si e os seus pais sobra em outras casas bem próximas, em seu derredor. E assim, ela cresce revoltada com o sofrimento que a acompanha durante um longo período de sua vida e, quando não é bem conduzida por instituições ou na escola, envereda pelo caminho das drogas ou do crime, seja com a desculpa que é para sobreviver, seja para maltratar a sociedade que o desprezou.
Nossas crianças crescem depressa. De repente já não estamos mais trocando suas fraldas; logo iremos levá-las ao colégio e depois à porta da universidade. Assim é a vida. Segundo Jesus Cristo, “se conhece a árvore pelos frutos que dá”. Os frutos são o exemplo de nossas ações e de nossa conduta; as flores dessa árvore são os momentos de alegria, momentos de solidariedade, instantes de doação que todas as crianças necessitam; crianças precisam para serem adultos felizes de serem tratadas com amor, carinho e cuidados gerais.
Portanto, como as palmeiras as crianças devem crescer de modo reto em direção ao céu, tendo a certeza de que na família é o seu porto seguro.
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