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27 de outubro de 2022

O MAL DA IMPRENSA PARCIAL!

Todo radialista puxa saco de dono de rádio, acaba se transformando num mequetrefe na categoria e recebe muito mais do que vale!

A imprensa possui um papel estratégico na formação da opinião e na pressão por políticas públicas e pode contribuir para ampliar, contextualizar e aprofundar o debate sobre programas, projetos e ações que podem resultar em desenvolvimento e humanização de uma cidade. Mas este é um fato restrito a imprensa séria, ética, honesta e imparcial.

Há motivos bem óbvios para que os radialistas não sejam imparciais em emissoras de rádio como Ativa e Band. O que mais chama a atenção neste contexto, é o fator “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Ou seja, os donos dessas duas rádios pagam e os radialistas fazem aquilo para o que foram incumbidos, pois do contrário seriam substituídos pelos que aceitam fazer.

É um pensamento simplista, mas faz todo sentido nesse universo de concessões públicas de comunicação, que servem apenas aos interesses dos seus proprietários. Exatamente por isso, devemos separar a imparcialidade do radialista da imparcialidade do proprietário do veículo de comunicação. Afinal, o apresentador de um programa radiofônico pode ter visão isenta, mas ainda assim ser obrigado a defender determinado lado da informação transmitida. Contrariar a linha editorial do veículo depende da postura do profissional, o qual, consequentemente está sujeito tanto a conflitos éticos quanto a questões financeiras.

No entanto, quando essas rádios se dizem imparciais estão obviamente mentindo. Afinal, há interesses pessoais, financeiros, políticos e partidários envolvidos. Particularmente acredito que os interesses pessoais valem mais, isso quando significam considerar primeiramente o compromisso pessoal com os princípios da profissão, dentre eles a relevância social. Todavia, na prática, essas empresas de comunicação falada priorizam os dividendos financeiros e políticos dos seus proprietários.

A parcialidade dessas empresas é totalmente compreensível. Estranho é quando o radialista passa a compartilhar os interesses do veículo ou a priorizar seu próprio ganho, seja financeiro ou profissional, em detrimento da isenção nas notícias. Usar da falsa imparcialidade é pior do que ser parcial, pois no momento em que os radialistas se tornarem defensores das causas importantes, como as injustiças sociais, a falta de isenção será totalmente justificável e plausível. Antes isso do que usar a desculpa da imparcialidade para não mostrar realidades injustas e elucidar possíveis soluções aos cidadãos.

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