O presidente do Grupo GGB está contestando a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria transversal com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, de 2019, sobre orientação sexual, que apontou Salvador como a capital do país com menor número número de LGBT+, sendo 1,5%, em números 35 mil pessoas.
Marcelo foi enfático em sua metáfora: "O Ministério da Saúde não é o IBGE, e a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) não é o Censo Demográfico, mesmo que sejam semelhantes em aspectos. A APNS coleta dados relativos às condições de saúde da população, tendo como questão principal o acesso, e também, quanto ao uso dos serviços de saúde, questões como o cuidado. Talvez sim, ou não, esses dados analisados possam revelar uma fotografia, especialmente de quem usa ou não, o sistema de saúde, considerando a população a partir de 18 anos, e mesmo que a intenção do MS sela louvável, a reposta pode ser muito fluida."
Segundo Marcelo Cerqueira, "o Censo Demográfico, realizado pelo IBGE, é muito diferente. Representa a contagem dos habitantes, procura identificar suas características e particularidades, para com isso, servir para orientar políticas públicas. Há muito tempo que o movimento social LGBT pede ao IBGE que insira perguntas sobre as variáveis de orientação sexual e identidade de gênero para assim, poder ter uma fotografia da população LGBT do Brasil."
Marcelo acrescenta que "talvez seja possível que as respostas não sejam sinceras, por isso o IBGE deve fazer constar, no Censo Dográfico esses dias, variáveis, bem como fazer campanha nacional, explicando e encorajando a resposta verdadeira. A LGBTfobia estrutural e familiar ainda é muito expressiva na sociedade ainda hoje. A população LGBT de Salvador é muito maior do que isso. Salvador é conhecida como a terra da felicidade, destino de turistas LGBT do mundo inteiro, proporciona o melhor Carnaval inclusivo do Brasil, tem uma política pública especial para a inclusão desta população."
Marcelo Cerqueira ressalta, que "Salvador é a cidade da primeira travesti, Chica Manicongo, e da lésbica Felipa de Souza, denunciadas a Inquisição Portuguesa, de acordo com estudos do professor Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia. Ainda conforme Mott, foi Thomé de Souza, o primeiro governador gay da Bahia. A cidade possui a maior Parada do Orgulho LGBT da região, e ainda mais de 30 Paradas de bairros. Um fenômeno nacional. Oxe! Salvador é gay, que eu sei!"
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