O dublê de radialista, Jota Bastos, é uma das personalidades que mais suscita controvérsias em Eunápolis. Há quem gosta e não falta quem desgosta dele. Incólume e sagaz em suas posições; intrépido e impávido em sua conduta política; astucioso e obstinado em seus objetivos de puxassaquismo... santo e profano, mercantilista e personalista, Jota transita na sociedade, como um torcedor com camisa e bandeira do América, ao se interpor num clássico carioca, entre torcedores do Vasco e Flamengo, sem os descontentar! É gentleman, dissimulado, perspicaz e solícito.
Jota é tão especialista em se adaptar às circunstâncias, que bem poderia ter alcunha de Camaleão. Poucos individuos em Eunápolis, possuem sua habilidade e versatilidade de se infiltrar em diferentes ambientes ideológicos e partidários, ainda que carregue consigo, a pecha de está sendo mequetrefe.
O Jota é "cobra criada" e "águia" na arte de persuadir. E faz isso sem o viés da desfaçatez, pois é roberista, sem deixar de ser netista e vice-versa. Jota é um craque no jogo de se locupletar do poder. Ele sabe como ninguém, invadir "praias alheias" e surfar na onda da boa convivência. Consigo estão sempre seus confrades, que usam e abusam em fazerem do erário pertences seus e dos seus parentes e aderentes.
Para Jota, pouco importa ser Fraterno com bandidos do colarinho branco, quando os viés dos reais o satisfaz. E isto não é procedimento de um radialista e sim de intruso no rádio!
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