Pesquisa presencial sobre a sucessão de Rui Costa (PT), divulgada pelo datACerta, com 1002 eleitores, realizada entre os dias 3 e 8 de dezembro, não foi boa para Jaques Wagner. O problema não é a diferença entre ACM Neto (DEM) e o senador petista.
O que preocupa é o fato de que a influência do ex-presidente Lula no processo sucessório não é significativa, como pensavam as lideranças do lulopetismo, mais especificamente da executiva nacional do Partido dos Trabalhadores. O resultado, mesmo associando à pré-candidatura do ex-governador a Lula, foi de 42% versus 32% a favor de Neto.
Da enquete, que é um retrato do momento, amanhã tudo pode ser diferente, podemos tirar a óbvia conclusão de que o sentimento de mudança está sendo mais forte do que Lula como "cabo eleitoral". Com o fim do mandato de Rui Costa, completa-se 16 anos com o PT governando a Boa Terra.
Outro ponto é o voto "luloneto", a grande quantidade de eleitores que vai votar no petista-mor e no ex-gestor soteropolitano. Não à toa que Neto, na medida do possível, vai evitar qualquer tipo de atrito com o ex-presidente. O ex-chefe do Palácio Thomé de Souza vem sendo aconselhado a levar sua campanha sem radicalizar com os adversários.
Os caminhos de Neto e Wagner na busca do cargo mais cobiçado do Poder Executivo da Bahia, que tem também o bolsonarista João Roma como postulante, são diferentes. O senador nacionalizando sua campanha, acreditando que Lula pode virar o jogo, e Neto estadualizando.
Agora é esperar não só o confronto Neto x Wagner, como o do sentimento de mudança x Lula. Não acredito que Roma, ministro da Cidadania, já de malas prontas para o PL, possa causar alguma fissura na polarização Neto versus Wagner. Por Marcos Wense.
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