Passados quase dois anos do início da pandemia provocada pelo novo coronavírus, ainda vivemos sob ameaça latente sobretudo com as novas variantes que continuam a assombrar a sobrevivência de nós, seres humanos. Para aqueles que buscam um sentido em tudo ou sentem a necessidade de encontrar explicação mística, religiosa ou filosófica para o que nos cerca e nos intriga, aqui vai uma humilde constatação: Desde que o mundo é mundo que os seres vivos buscam sempre duas coisas: sobreviver e reproduzir - ganhar dinheiro e ficar famoso é algo apenas dos seres humanos e só recentemente ganhou ainda mais relevância.
Cada ser vivo
utiliza as armas que tem (um vírus é o que há de mais simples na natureza,
tanto que muitos nem o considera um ser vivo) porém, tem uma capacidade enorme
de promover mutações genéticas que lhes garantem sua sobrevivência e
reprodução. As novas variantes que proliferam nos noticiários de tempos em
tempos são a prova disso. Seres humanos munidos de anticorpos eficazes em
aniquilar os minúsculos bichinhos, exigem
uma geração de vírus resistentes para que eles continuem fazendo o que
fazem de melhor: infectar células humanas para depois chamar de suas.
Já o bicho homem
com toda sua complexidade biológica e mania de grandeza divina, utiliza seu
enorme arsenal capitaneado pela principal ferramenta: a inteligência. A
humanidade assustada com a tragédia sanitária e econômica causadas pelo novo
Coronavirus, colocou seus melhores cérebros e suas maiores fortunas para
enfrentar essa batalha invisível, buscando fortalecer-nos biologicamente para
que possamos seguir fazendo o que sempre desejamos: sobreviver e reproduzir, de
preferência numa cobertura à beira mar, mas isso é uma outra história.
A humanidade com
seu complexo de Deus, sente-se sempre escolhida a sobreviver nesse planeta. Portanto
haveremos de sair vencedores. Enquanto isso não acontece, continuamos presos a
protocolos sanitários e tratamentos eficazes ou não, a fim de nos
salvaguardarmos diante dessa tensa batalha pela sobrevivência. Acontece que,
enquanto nossa espécie acaba politizando algo que deveria ser apenas das
ciências naturais, o vírus não quer nem saber e já parte para uma nova mutação
e autofortalecimento.
O fato é que o homem sempre acaba encontrando uma maneira de piorar as coisas.
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