De nada adianta sair às ruas para protestar contra os escândalos de corrupção evidenciados em Brasília e Salvador, se exercermos o direito do voto de forma viciada e criminosa nas eleições atuais. Devemos alertar a população sobre as consequências da troca de favores na hora da escolha de um candidato.
Vendido por uma
cesta básica, alguns litros de combustível ou qualquer outra coisa, o eleitor outorga
ao candidato comprovadamente corrupto o direito de decidir seu destino pelos
próximos quatro anos, enquanto perdurar seu mandato.
Aquele que compra o voto é corrupto, aquele que se vale desse ilícito para a compra do voto é corrupto, e se ele o fez durante o período eleitoral, por óbvio que será também corrupto após assumir o cargo. A compra do voto é crime, é corrupção, mas a venda do voto é igualmente crime, é igualmente corrupção e a pena prevista para esse crime é de até 4 anos de reclusão.
O voto é um direito sagrado conseguido a duras penas pelos nossos antepassados. E não deve ser em nenhum tipo de hipótese ser vendido ou alienado por qualquer bem ou valor que seja. Quem vende o voto, vende o futuro de seus filhos. Quem vende o voto, troca uma escola por uma esmola.
Quem vende o voto perde o direito e a moral de cobrar de seu candidato após a eleição. Porque o candidato já comprou o eleitor, o eleitor a ele pertence, então nada mais ele pode exigir desse candidato.
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