A palavra é um maravilhoso instrumento de comunicação. Mais que isso: com a palavra construímos pontes entre as pessoas, consolidamos amizades, criamos poemas e canções. Pela palavra expressamos nossos bons sentimentos, e por ela abençoamos vidas.
Palavras
curam, palavras trazem alívio, alegria, e um novo ânimo, “palavras agradáveis
são como favo de mel: doce para a alma e saúde para o corpo” (Pv 16.24). Bem
utilizadas, são portadoras de vida, mas também podem trazer a morte: “A morte e
a vida estão no poder da língua” (Pv 18.21). Com ela, bendizemos a Deus e
amaldiçoamos os homens: “De uma só boca procede bênção e maldição” (Tg 3.10).
Ao
invés de construir, destrói, ao invés de fortalecer laços, separa e desune, ao
invés de aproximar, afasta. E onde deveria ser canal de benção, é fonte de
tristeza.
Cuidado
com o falar excessivo: “No muito falar não falta transgressão, mas o que modera
os lábios é prudente” (Pv 10.19). É necessário haver um controle de nossas
palavras. A Bíblia diz que haverá tempo de falar e tempo de ficar calado (Ec
3.7). Não banalize a palavra. Não é pelo nosso “muito falar” que as coisas se
resolvem.
Nossa
primeira reação diante de algo que nos ofendeu ou nos magoou é reagir
imediatamente. Não ceda ao impulso de falar, de responder “à altura”... Busque
a direção do Espírito para saber como responder. E sempre lembrando que “a
palavra branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” (Pv 15.1).
Não
tem jeito: ou o Espírito nos domina ou seremos dominados pelo nosso
temperamento. E sejamos sinceros... ele não é muito confiável.
Não
fale nada pela carne. Não fale nada que não edifique. Não fale nada quando
estiver com raiva. Não fale nada que você venha a se arrepender mais tarde.
Fale na hora certa, no momento certo…!
Não
fale nada se não tiver algo a dizer. Saiba que a presença silenciosa de um
irmão ao lado de quem sofre traz mais conforto que uma multidão de palavras.
Não
fale qualquer coisa, não fale por falar. Se tiver de exortar ou corrigir, fale
chorando, fale com dor, fale com amor, fale com temperança, mas nada além do
necessário.
Se você fala pouco
e com sabedoria, vão lhe procurar para ouvi-lo. Se você fala muito, e repete a
todo o momento sempre as “mesmas” coisas, as pessoas podem até ouvi-lo, mas não
irão escuta-lo (lembre-se: “ouvir” é receber os sons pela audição, e “escutar”
é prestar atenção, perceber, acolher a palavra).
Deus
criou o mundo pela palavra. As palavras podem criar, mas também podem destruir.
Quando falar, que seja para abençoar.
Sabedoria é saber reconhecer que precisamos da ajuda divina naquelas áreas onde temos dificuldades, e os erros se repetem.... Nesse caso, é preciso orar ao Senhor e suplicar: “Ó Senhor, controla a minha boca e não me deixes falar o que não devo!” (Sl 141.3).
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