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21 de novembro de 2021

APÓS 14 ANOS, JUSTIÇA DÁ METADE DA HERANÇA DE GANHADOR DA MEGA À FILHA

Adriana Almeida perde batalha para ficar com a herança do marido que mandou matar

Renata Senna, filha do ex-lavrador Renê Senna (foto em destaque) – que foi assassinado em 2007, após ganhar prêmio milionário na Mega-Sena –, recebeu da Justiça autorização para sacar metade da herança do pai: aproximadamente R$ 43 milhões. O caso se arrasta na Justiça há 14 anos e ainda não acabou, pois a viúva da vítima ainda tem o direito de recorrer.

         De acordo com o Extra, é a primeira vez que a herança de Renê Senna será movimentada desde o homicídio. O processo corre em segredo de Justiça.

         Conforme decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a fortuna de Senna deve ser dividida entre a filha e os irmãos do ex-lavrador, como estava previsto no penúltimo testamento dele. O último foi anulado, também pela Justiça, sob o argumento de que a viúva de Senna, Adriana Almeida, manipulou o documento antes de encomendar o assassinato.

A decisão que tirou da viúva qualquer direito sobre a herança foi proferida em maio deste ano, confirmando a sentença de 2018 que anulou o último testamento de Senna. No documento, Renê deixava toda a fortuna para Adriana, condenada a 20 anos de prisão por seu papel no homicídio. A acusada foi para o regime semiaberto no fim de 2020.

         ENTENDA O CASO - Adriana Almeida, que era cabeleireira, conheceu Renê em uma festa de Natal, na casa que ele havia comprado em condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio. Durante a festa, os dois se aproximaram e, posteriormente, começaram a namorar.

         Renê decidiu voltar para Rio Bonito (RJ), onde nascera, e meses depois se casou com Adriana. A vítima sofria de diabetes e teve de amputar as duas pernas, em consequência da doença. Ele andava em um quadriciclo pela cidade e tinha o hábito de, nos fins de semana, ir a um bar conversar e tomar cerveja com amigos. Em uma dessas ocasiões, foi assassinado.

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