O velho ditado “se ficar o bicho pega, se correr o bicho come” cai como uma luva no contexto desse momento dramático de Covid-19. Mas nem todo mundo está náufrago nesse mar revolto: a pandemia não atingiu o agronegócio; não diminuiu a exportação de minérios, não impediu que os bancos mantivessem seus lucros na estratosfera, não derrubou a bolsa e não impediu que houvesse redução de lucros para governantes e especuladores financeiros. Para essa gente, a pandemia é um bom negócio.
Estados como a Bahia permanecem não oferecendo empregos, atendimento adequado de saúde, muito menos educação e o que não faltam são governadores e prefeitos roubando o dinheiro doado pelo governo federal, para amparar os pacientes de Covid-19 e atuar para combater essa pandemia.
O Coronavírus impõe o caos, a confusão, cria o ambiente favorável à proliferação da corrupção, induz ao apelo fundamentalista, impede as mobilizações de rua, mantém o trabalhador acuado entre sobreviver correndo o risco de se contaminar ou morrer de fome.
O Covid-19 ajuda a reduzir as perspectivas dessa sobrevivência à dependência a uma suposta boa vontade dos políticos e governantes. Por fim, ela consagra o salve-se quem puder. Uma receita que destrói qualquer sentimento de pertencimento e solidariedade.
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