Peço licença aos leitores de meus artigos para entrar um pouco da vertente criminal e reduzir a termo uma indignação que não é só minha. Estamos vivendo uma polarização que atinge, esfaqueia e mutila a gigante Bahia, de modo que atinge direta e indiretamente o povo que luta e sonha com um Estado do qual tenhamos orgulho pleno frente os demais estados.
Os três poderes que formam o estado não mais se fazem moralizados como
antes. Corrupção, interesse particular e egocêntrico, ganância e falta de
respeito tomam conta dos que os integram ressalvadas as raras e valorosas
exceções.
É incrível como o dinheiro e poder são capazes de se sobreporem ao
caráter de alguém que estaria ali para ser exemplo, mas que surge como o oposto
disso. O tanto que batalhamos, que presenciamos ou sabemos de histórias de
baianos sofridos, que labutam arduamente para pagar os acentuados impostos, ter
o que comer, manter algo que lhe é de responsabilidade e viver da maneira do
possível e, ainda assim, quando chega em casa ao final do dia, nos deparamos
com um noticiário regado de informações trágicas que trazem dentre outras
informações, a crise do uso e abuso do dinheiro público.
Somos nós quem custeamos todo o luxo da politicagem que nada vem fazendo
a não ser se digladiar entre si, quando em meio ao caos pandêmico deveria unir
as forças para agir em prol de toda população.
O mesmo estado que se destaca pelas belezas naturais, pelos atraentes e convidativos pontos turísticos, pelo povo acolhedor e sociável, é a Bahia que se envereda em denúncias escabrosas de aquisições superfaturadas de aparelhos de respiração artificial que nunca são entregues, mas são pagos antecipadamente. O descontentamento me toma conta de modo que me faz concluir que financiamos o luxo de quem nos gera o lixo.
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