Felicidade é algo que todos nós buscamos, sem demagogia ou enrolação. Ser feliz é o objetivo de cada uma das nossas atitudes. O problema é que não sabemos identificar o que é felicidade. Então, fazemos diariamente uma série de atitudes tentando nos trazer alegria, satisfação, autorrealização, segurança, autoestima ou até bons reconhecimentos, quando, na verdade, a única coisa que queríamos era alcançar felicidade. Como atingi-la se nem sabemos o que ela é?
É
realmente difícil conceituar felicidade, já que aquilo que me faz feliz pode
não fazer você feliz e vice-versa. O fato é que a felicidade está por trás de
tudo que fazemos e pensamos. Todas as nossas atitudes culminam na busca de um
mesmo objetivo, de um bem comum: sermos mais plenos, felizes e realizados. O
que precisamos é observarmos os caminhos para se chegar a isso todos os dias.
Felicidade
não é um lugar onde você chega, mas sim um horizonte. Não se pode estar
plenamente feliz o tempo inteiro, pois a ausência da felicidade é o que torna a
sua conquista ainda mais saborosa e prazerosa. Sendo assim, só damos valor à
felicidade por que sentimos falta dela. Por esta razão, a esperança que
nutrimos na sua busca é essencial para que o gosto dela seja inigualável.
Sabendo disso, é possível concluir que o caminho da felicidade é o próprio
caminho, o percurso, aproveitar o trajeto diariamente.
A
felicidade, por exemplo, pode estar na coragem de viver paixões, momentos
únicos e intensos. Também pode estar em aproveitar verdadeiramente as
oportunidades da vida, como estar mais presente nas convivências sociais, sem
interferência de celulares ou sem hora para sair. Felicidade também pode ser
viver sem preconceitos, permitindo que a humanidade mais sincera apareça e
ilumine o espaço. Não reprimir sentimentos e sensações é um outro exemplo,
deixando-se experimentar o que a vida tem a oferecer. Pode ser também deixar o
passado para trás, sem remoer o que passou e permitindo que o presente
finalmente apareça. Também pode ser não antecipar demais o futuro, que ainda
nem se sabe como será e só nos causa ansiedade.
A
felicidade é para ser vivenciada no percurso, não para ser entendida como uma
meta única. Por exemplo, há quem acredite que quando comprar aquele carro será
feliz, ou quando mudar de casa, fizer aquela viagem etc. Vincular uma conquista
ao sentido de felicidade é limitante, porque quando houver a tal conquista, a
tendência é que a felicidade se acabe aos poucos. Pior ainda é o enorme risco
de nos tornarmos materialistas e excessivamente consumistas, pois sempre
buscaremos a conquista do próximo bem material para sermos felizes.
A felicidade está na tranquilidade de não deixar que a minha felicidade dependa da opinião alheia, mas sim apenas do meu exame diário de consciência. Então, eu pergunto: você tem o hábito de realizar um exame diário de consciência? Consegue fazer esse autoexame? Se esse é um dos caminhos da felicidade, que tal começar?
Todos os dias e ao
final de cada dia, realizo 4 perguntas a mim mesmo: o que eu poderia ter feito
diferente no dia de hoje? O que eu fiz hoje me aproximou do meu propósito de
vida? O que eu decido fazer de diferente amanhã? Pelo que sou grato? Essas
perguntas poderosas são o meu fazer autorreflexão. Assim, posso diariamente
mensurar se estou no caminho da felicidade ou não.
O
que nos tornará mais feliz é a forma como enxergamos o que é felicidade. Se a
gente a enxergar como algo impossível de se viver, assim ela será. Mas se
decidirmos exercitar e praticar a felicidade em tudo que fazemos, com certeza,
viveremos muito mais momentos felizes.
Portanto, sugiro-lhe fazer o exercício das 4 perguntas. E que a felicidade esteja sempre no seu próximo passo.
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