Sempre que se fala em Justiça surge no nosso imaginário a figura de uma mulher com os olhos vendados, carregando em uma de suas mãos a balança e em outra a espada. A venda tem como função básica evitar privilégios na aplicação da justiça, sendo a balança o instrumento que pesa o direito que cabe a cada uma das partes e a espada item indispensável para defender os valores daquilo que é justo, já que a norma sem a possibilidade de coação dependeria apenas das regras de decência e convivência de cada comunidade, o que seria ineficaz para garantir o mínimo ético indispensável para a harmonia social.
Podemos dizer que
a espada sem a balança é força brutal, assim como a balança sem a espada
tornaria o Direito impotente perante os desvalores que insistem em ser perenes
na história da humanidade. Após esse detalhamento essencial das características
da "musa do direito", uma pergunta persiste: a Justiça é
"cega"?
A venda nos olhos
é considerada como símbolo da imparcialidade daqueles que representam o Estado.
Mas não há como acreditar na Justiça, quando a temos de olhos abertos para
favorecer indivíduos injustos. A Justiça parece apenas está cega, para o fato
do seu peso, recair somente sobre os ombros de negros, pobres e prostitutas.
A Justiça parece
cega para punir políticos com ficha suja e que já meteram suas garras podres de
aves de rapina nos cofres públicos. Se a Justiça fosse justa, célere e séria, políticos
corruptos da vil estirpe de Robério, Cláudia, Agnelo, Rui, Wagner e Lula, jamais
ousariam candidaturas; estariam foragidos ou aprisionados!
Político corrupto bom, é político corrupto preso!
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